terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Feliz 2010!


Todo final de ano a televisão brasileira, e acredito que mundial, exibe a retrospectiva do ano que está chegando ao fim. O resultado final é sempre de muita emoção e sensação de que aquele ano que termina foi o melhor de todos. Até é legal pensarmos assim, mas não devemos esquecer de que apenas há alguns dias teremos nova chance de recomeço.

O ano de 2009 está sendo um dos mais importantes, realmente, da minha jovem vida. Muitas coisas importantes e decisivas aconteceram: conclui o ano com a certeza de que nunca mais serei uma fumante (hoje faz um ano que parei de fumar); morei sozinha durante todos os 365 dias; vivi (ainda vivo) a Mimi, numa novela que me deixa muito orgulhosa em fazer parte; Xexéo incluiu um parágrafo meu em uma das suas crônicas semanais (!!!); me aproximei muito mais dos meus irmãos com a conquista da nossa empresa de vídeo, Visconde Produções; atuei em um curta metragem (acho que virou média metragem) que me deixou muito orgulhosa chamado “Tulipa”; fiz novos e queridos amigos; fui muito ao cinema, teatro e shows; encontrei o Budismo na minha vida, que me deixou mais calma, segura de mim e determinada a ser feliz do jeito que tiver que ser; inclui o exercício matinal na minha rotina, o que me deixou mais jovem, enérgica e feliz.

O que posso querer mais pro ano que vem? Posso querer mais, muito mais. A vida é feita de sonhos e nada como eles para nos dar gás pra fazermos das nossas vidas, vidas melhores.

Por isso desejo muitas felicidades pra você! Continue comigo aqui, “me lendo”, me incentivando a ser cada vez mais uma pessoa melhor.

Um lindo natal e um INCRÍVEL 2010!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sophie


Uma mulher leva um fora do namorado de forma inusitada: via e-mail. Até aí pensa-se ser ficção, mas não. A ficção vem depois.

Quando se leva um fora de alguém amado, a dor é algo absurdo. Chega a nos transformar em feras selvagens. Damos patadas, babamos, rosnamos... Mas a mulher citada acima, Sophie, reagiu de forma diferente. Transformou a dor da perda em arte.
Sophie enviou a carta (e-mail) para 107 mulheres do mundo todo, de raças, culturas e crenças distintas, pedindo que transformassem aquela carta no que elas quisessem da maneira que lhes fosse vista. E assim o fizeram.

O resultado é brilhante.

A carta é interpretada de várias maneiras, mas a que mais me identifiquei foram os vídeos. Eram vários. Uma câmera parada apontando para a “artista” intérprete. Umas interpretavam como se fossem a própria Sophie, outros criticavam usando nariz de palhaço, outras cantavam, outras dançavam sem dizer uma palavra, fazendo aquela carta criar forma física, sendo mais fácil digeri-la e entendê-la, com imagens. Até uma "papagaio" teve a oportunidade de criar sua visão do amor: comeu a carta após repetir uma frase de dor e despedida.

A exposição me tocou muito. Imagino que seja por ter vivido algo parecido com o que Sophie viveu. Eu agi de forma bem diferente: fui embora sem olhar pra trás. Já Sophie não. Olhou pra todos os lados e pediu pra que todos a olhassem. Não sei qual a melhor maneira de agir num caso desses, mas sei que a melhor maneira de agir é seguindo em frente. Assim Sophie fez, assim eu fiz.

Siga em frente a vá admirar a exposição de Sophie. Está no MAM-RJ até Janeiro de 2010!


Palavras de Sophie:

“Recebi uma carta de rompimento. E não soube respondê-la. Era como se ela não me fosse destinada. Ela terminava com as seguintes palavras: “Cuide de você”. Levei essa recomendação ao pé da letra. Convidei 107 mulheres, escolhidas de acordo com a profissão, para interpretar a carta do ponto de vista profissional. Analisá-la, comentá-la, dançá-la, cantá-la. Esgotá-la. Entendê-la em meu lugar. Responder por mim. Era uma maneira de ganhar tempo antes de romper. Uma maneira de cuidar de mim.”

Sophie Calle

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Vergonha do prefeito


Uma vergonha esse prefeito almofadinha.

Com a criação do choque de ordem o Rio ficou mais triste. O carioca nascido e criado ou até os que não são nascidos, mas se tornaram cariocas pelo amor e carinho à cidade, estão de saco cheio desse tal de choque de ordem. Virou um choque militar em área não militar!

Aonde já se viu ser proibido água de côco na praia? Ou brinquedos pras crianças? Ou ainda: taxa de luz abusiva quando a falha na luz não é culpa dos pagantes, mas esses que se virem e se calem pra pagar mais um taxa. Pensei que fosse parar por aí mas vejo que a imaginação do pateta (nome carinhoso criado para apelidar nosso prefeito), é enorme e não para. Criou a chocante ordem de que o monopólio voltou e agora os comerciantes da praia só podem comprar mercadorias com o fornecedor "Orla Rio", o mesmo que vende para os quiosques da praia. Suspeito, não?! Resultado: a prefeitura ganha dos dois lados e nós pagaremos em dobro. É...isso tudo pra que? Se fosse pra melhorar, tudo bem, mas não. Assim só deixam de incentivar os trabalhadores a trabalhar dentro da lei, e a nós, contribuintes, a desacreditar (mais uma vez) na política nacional.

Com tudo isso espero agora que o carioca pense duas vezes antes de anular seu voto ou antes de decidir viajar em dia de eleição. Viaje, mas volte mais cedo. E pense antes de apertar a tecla verde, senão pode ser que o verde seja em tom de merda. Aí já viu, né? Ou melhor: tá vendo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Amor Barato

Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Modesto

Um tipo de amor
Que é de mendigar cafuné
Que é pobre e às vezes nem é
Honesto

Pechincha de amor
Mas que eu faço tanta questão
Que se tiver precisão
Eu furto

Vem cá, meu amor
Aguenta o teu cantador
Me esquenta porque o cobertor é curto

Mas levo esse amor
Com o zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha

Que enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor

Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha

Eu queria ser
Um tipo de compositor
Capaz de cantar nosso amor
Barato

Um tipo de amor
Que é de esfarrapar e cerzir
Que é de comer e cuspir
No prato

Mas levo esse amor
Com zelo de quem leva o andor
Eu velo pelo meu amor
Que sonha

Que, enfim, nosso amor
Também pode ter seu valor
Também é um tipo de flor
Que nem outro tipo de flor

Dum tipo que tem
Que não deve nada a ninguém
Que dá mais que maria-sem-vergonha


Chico Buarque.

domingo, 29 de novembro de 2009

Cara a tapa

Quando entrei pra TV tinha uma breve noção do que poderia virar a minha vida quanto ao tema exposição, que sempre foi a questão que mais me afligiu, mas não temi e encarei.

Ainda não sou um nome tão citado, por mais que esteja no horário nobre de uma grande emissora. Ainda engatinho quando falam de ”fama”. E não pretendo me levantar tão cedo se pra isso precisar abrir minha vida íntima. Não é esse o resultado que busco depois tantos anos de estudo e investimento em arte. O que busco é poder criar, me transformar, expor minhas idéias e pensamentos, não minha vida particular. Acredito que tenho muito mais a acrescentar falando de outros temas que não da minha vida íntima. Já falei isso aqui uma vez, mas agora o tema cabe voltar à tona:

Fui convidada por um profissional que gosto muito, Pedro Garrido, pra fazer uma sessão de fotos mais “ousadas” do que o normal, pra mim. Eram fotos sensuais aonde nenhuma parte íntima seria exposta. Nunca sonhei em posar nua e não pretendo posar. Nada contra. Nada mesmo, mas não me vejo numa revista nua.

Não sei se por vaidade ou por ser uma revista que gosto muito e que me ajudaria a divulgar a minha imagem, resolvi topar e fiz a tal sessão. Encarnei um personagem que era uma mulher corajosa e decidida com a sua sensualidade. Não que eu não seja, mas não encaro uma lente de câmera fotográfica com aquela atitude e com tanta facilidade, a não se “protegida” pela minha personagem.

Enviei também uma breve redação sobre a minha trajetória profissional e alguns percalços do caminho.

O resultado da matéria foi belo e digno. Após ler e olhar cada detalhe da matéria, me senti mais madura como mulher. Foi um longo passo dado por mim, uma mulher que se sente ainda muito menina quando o tema é sensualidade. E uma menina que se sente muito mulher quando cita a trajetória de vitórias nessa profissão tão concorrida.

Por isso a importância dessa matéria. Foi algo além do objetivo que havia imaginado.

Só senti a visão deturpada com uma coisa: não sou uma pessoa de reclamar da vida. Não me acho e não me sinto uma pessoa infeliz. Muito pelo contrário! Olho a vida com um olhar muito positivo, por pior que ela possa estar, e acredito que o incômodo, qualquer ele que seja, nos movimenta a mudar o rumo das coisas. Então quando cito que passei “perrengue” com falta de grana, quis incentivar aos que estão passando pelo que eu passei ou que estão passando pelo sofrimento que seja, passem a olhar pra frente e seguir acreditando que a vitória virá, basta não desistir, e acreditar. Eu acreditei e continuo acreditando.

Agora o novo passo é não deixar que opiniões machistas e/ou sem fundamentos altere a minha vontade em continuar seguindo o caminho da arte. Esse sonho é meu, e é nele que acredito.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

“Rio de Janeiro demorô é agora”

Sou uma leitora diária de jornal, por essa razão sou assinante. O primeiro e quase único caderno que leio fala sobre arte. Seja teatro, TV, cinema, exposições. Assino por essa razão, mas hoje quase desisti da fidelidade. Pode ser pela minha idade, esta que já permite ver a vida nua e crua. Já não creio nos Lulas que votei. Infelizmente. Mas na arte acredito, toda orgulhosa, acredito!

Mas me deparei com uma matéria sobre o Rio de Janeiro, a cidade mais em alta do momento: a cidade eleita aonde as pessoas são as mais felizes, a cidade ponto turístico do público gay, a Cidade Olímpica, a Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro.

Falava de pontos turísticos que amo, como Parque Lage, Pedra da Gávea, Odeon, mas citava uma atitude nada carioca, a meu ver de carioca orgulhosa que sou. Era um anúncio de aluguel de espaço na areia da praia. Como assim??? A praia é o lugar mais democrático já existente. Vê-se, ouve-se, aprecia-se, vive-se, divide-se, tudo que há de mais valioso na vida: a vida, as culturas, as diferenças, o espaço. Então, como assim “aluga-se um lugar na praia??”. Nem nos resorts mais caros do mundo a praia é privada! É PROIBIDO, entende? É um lugar comum. De todos. É um privilégio enorme podermos praticar a liberdade.

O tema “alugue seu espaço na praia” me deixou envergonhada. Sou uma carioca, com orgulho, e sei que os cariocas têm prazer em receber pessoas, seja no boteco ou na praia. A gente tem orgulho da nossa cidade e de repente ler algo tão antipático quanto a liminação de um espaço a ser, ou não, usado. Muito anti-carioca pra minha visão tão carioca. Uma pena ser um jornal tão lido. Uma pena ter sido no meu jornal predileto.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Apagão?

Viver um apagão numa cidade em guerra dá medo, mas viver um apagão dentro de um teatro com Naná Vasconcelos improvisando para aguardar o retorno da luz, é SENSACIONAL!

O palco apagou e Naná continuou por mais 40 min tocando seus instrumentos que só ele tem e regendo o público com sons e palmas. Foi um show à parte aonde cada umas das 700 pessoas presentes devem se sentir privilegiadas por fazer parte. Assim me sinto.
Vivi isso na noite de terça. Noite em que a usina de Itaipú apagou a luz de 18 estados do Brasil e ainda, Uruguai e Paraguai. Pra você ver a potência dessa “descarga elétrica” que a usina recebeu... Será que foi mesmo uma “descarga elétrica”? Até aonde podemos nos sentir seguros com nossos administradores? Será que o problema foi mais grave, mas com uma leve “maquiada” o povo não questiona e fica tudo como estava? Não sei e nem quero saber.

Honestamente, queria ser um pouco mais jovem pra não ter visto tantas coisas cruéis acontecendo sem punição, assim acreditaria em tudo que me dizem, inclusive em Papai Noel. Ainda pediria de Natal um novo país, do jeitinho que todo brasileiro honesto sonha: com nossos impostos pagos para pessoas que os use de forma correta, a favor do contribuinte e onde as pessoas vivam com paz e tranqüilidade. Só quero sossego. Tim já dizia.

O bom do apagão (sem contar com Naná fenômeno), foi o valor enorme que demos aos nossos radinhos à pilha que só não estavam em um lixo qualquer por preguiça ou esquecimento. Eles nos mantiveram em contato com o mundo. Voltamos anos luz, nessa noite. Nos unimos em volta de mesas e conversamos. Fomos obrigados a trocar, a ouvir. Era impossível dormir pelo calor excessivo. Então a solução viável foi a conversa entre amigos, o violão sempre bem vindo, a cachacinha, já que geladeira não gelava mais a cerveja. Foi uma noite especial, que se tornou mais ainda quando as luzes do Cristo Redentor se acenderam novamente e pude me sentir segura pelos seus braços abertos. Será?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Comente que eu gosto


Já ouvi algumas vezes comentários positivos sobre meus textos daqui do Blog. Adoro quando acontece e cada vez mais tem acontecido, mas o que me deixa feliz mesmo, muito feliz, é quando postam os comentários. Aqui eles se tornam "eternos". Além do enorme orgulho que me dá cada vez que os leio. Gosto de lê-los e relê-los.

Existe uma ferramenta que calcula a quantidade de visitantes em um Blog. E o número é cada vez mais alto. Sinal que gostam da minha escrita. Mas sem os comentários, fico sem saber aonde agrado, ou o que desagrado, já que não sou unânime, e nem pretendo, senão fica chato.

Então, esse texto vem em forma de sugestão: comente, elogie, critique, fale mal, sugira temas, questione, qualquer coisa, mas se expresse.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Carpe Diem

Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã

Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho.

Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar.

Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós.

Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Moraes Moreira sabe tudo!

LIA SABUGOSA

"A presença feminina na nossa MPB tem sido marcante.

Jamais poderemos esquecer a importância da nossa grande pioneira Chiquinha Gonzaga, que comt alento e coragem abriu esse caminho.

A era de ouro do rádio e em seguida a televisão nos trouxeram grandes
cantoras que ao longo do tempo vão se tornando verdadeiras referencias
para as novas gerações.

A Internet sem sombra de dúvida é uma valiosa ferramenta, que de forma
democrática vem facilitando a vida da “cena independente” que muito
mais que as grandes gravadoras tem revelado verdadeiros artistas.

Já conhecia há algum tempo a doce figura que é a Lia Sabugosa, o seu
alto astral, sua beleza natural, sabia que ela cantava, mas quando parei
pra ouvir o seu CD tive uma grata surpresa. O timbre encorpadoda sua voz
empresta vigor às interpretações, a extensão vocal nos leva as alturas
e a afinação nos traz a certeza do seu potencial.

Para formar o repertório não recorreu a medalhões, foi encontrando as
canções como quem encontra amigos, foi descobrindo e cantando os
compositores da sua geração. Dentro da sua própria turma foi achando os
músicos, e mesmo aqueles que participaram como convidados, se tornaram
parceiros e se envolveram de forma prazerosa, apostando no bom
resultado do trabalho.

Lia é amante das novas tecnologias e com certeza tirou proveito disso
para fazer o seu registro.

A sua paixão pela música começou desde cedo e em casa, como ela mesma me disse. Teve com certeza grande influência da sua mãe Ana Sabugosa, que como produtora cultural participou ativamente da construção e consolidação das carreiras de grandes artistas.

Como quem sabe o que quer, é isso aí, Lia Sabugosa, “Pra quem quiser” ouvir e se admirar."

Moraes Moreira.

Pra ter noção do que é Lia Sabugosa no palco

Enviei o e-mail de divulgação do show da Lia Sabugosa (minha irmã queridíssima e talentosíssima), que acontecerá no dia 22 de Outubro na casa de shows "Posto 8", casa de show em ipanema/arpoador aonde era o "Jazz Mania" na década de 90.

Como muitas pessoas já foram ao show da Lia Sabugosa, pode-se constatar que a cantora-talento tem uma bela legião de fãs. E como é impossível e inevitável a certeza de que a cantora É INCRÍVEL, revelarei um e-mail lindo que veio em forma de resposta, pelo e-mail divulgação que enviei:

"Julia,

Eu não sou o Moraes Moreira, mas também vou arriscar um depoimento.

Eu me defino como um músico muito amador e um ouvinte muito profissional.

Quando assisto a um show, não me contento em ouvir a música e curtir.
Quero ver cada detalhe da banda.
Passo um tempo olhando o baixo, depois a bateria, horas sacando a guitarra, o vocal, metais e tudo o mais.
Presto atenção na iluminação, na movimentação do palco, quem faz o que. Fico prestando atenção se o som está bem equilibrado, enfim, eu
curto muito cada detalhe da apresentação.

Na primeira vez que eu assisti a um show da Lia, "dançei". Não
consegui tirar os olhos dela. A sua voz forte, super afinada. Sua
presença segura e alegre no palco, seu altíssimo astral me arrebataram.

Voltei várias vezes. Sabia o show de cor e nunca me cansei.

Se na quinta é "Pra Quem Quiser", posso dizer com certeza: EU QUERO!

Nos vemos lá.

Beijo,
João Ferrer."


Te vejo lá!

Beijo da irmã mais orgulhosa!
Zuca.




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quem sabe?


Existem regras pra se viver numa sociedade. Claro, tem que existir, senão não daria certo com esse tanto de gente no mundo. Mas até aonde devemos segui-las?

As regras vão desde leis de trânsito, respeitar o próximo, não matar pessoas que te irritam, até comer de boca fechada e não jogar lixo no chão. Mas existem regras quando falamos de atração física ou simpatia? Não sei.

Li um texto dia desses que dizia que as pessoas são felizes ou tristes por força do pensamento. Como se a felicidade fosse um resultado de uma imaginação fértil demais. A minha é. Quando pensamos que somos ou estamos felizes ou infelizes, o corpo logo reage aquele pensamento e libera sensações de prazer ou desgosto.

Chego à conclusão que uma boa dose de pensamento “feliz” com o não seguir de regras quando o tema é amor, resulta numa sensação maravilhosa de prazer.

Quebre regras do amor! Se ame e ame o próximo, mesmo que este seja jovem demais para o mundo, careca demais para imagem de beleza ou pobre demais para seu sonho de conta bancária. Ame e simplesmente viva aquele momento. O resultado é positivo, te garanto.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Da Minha Precoce Nostalgia

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de
domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de
Porto, dizer a minha neta:
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu
lado. Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
- O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os
cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e
seus olhos também irão.
E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer,
mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai
depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua
casa, mas vá a Fernando de Noronha, Rio de Janeiro, a Barcelona e a
Austrália. Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele
seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Tenha uma vida rica de vida.
Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é
imprevisível.
Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque
sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam
também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou
status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido
com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de
aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém
diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no
olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o
assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus
instrumentos de criação. Leia.
Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se
não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre
fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas
mais raras de amor.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa
vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma
vez minha taça e me conte: como vai você?


De Maria Sanz Martins

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Chocolate engorda e TV também

Sempre ouvi a frase “TV engorda” e sempre concordei com ela. As TVs nos deixam pessoas maiores pra cima e pros lados. Mas hoje em dia, com o surgimento das TVs tela plana, meu Deus! Só a Débora Seco fica magra.

Venho de uma família bem festeira, como já citei em algum texto antigo daqui do meu Blog. Gostamos de almoços cheios de parentes e amigos, regados a vinhos e Bobós de camarão ou bacalhaus, feitos pela excelente Maria. Mas isso tudo tem um preço alto, que pago feliz da vida, já pensando na próxima recompensa pelo pagamento.

E para poder desfrutar de tudo isso malho diariamente. Adoro. Sempre me alimentei saudavelmente e sempre gostei de esportes. Nado, ando de bicicleta pra cima e pra baixo, faço spinning quase diariamente, caminho muito, faço musculação, já fiz futebol, remo, ioga, capoeira e vôlei. É quase impossível eu passar um único dia sem fazer algum tipo de exercício, mas mesmo assim sofro com a balança. Nada grave, mas não imprimo no vídeo a minha real imagem. Fico com bochechas tipo as do Fofão. Pra quem é nascido antes dos anos 80 sabe bem quem foi o Fofão. Até que é fofo mesmo, mas longe de belo.



Como nos tempos atuais a beleza tem um valor mais alto ainda, a preocupação com a imagem física, triplicou, assim como as clínicas de estética, os procedimentos cirúrgicos e os tratamentos para embelezamentos. E como vivo de imagem, volta e meia me passa pela cabeça sobre uma solução para “bochechas avantajadas”, estas que não tenho na vida real, mas que na TV passam a existir com toda a força e personalidade. A ponto de a minha avó perguntar, num dia assistindo a minha personagem Mimi na novela “Poder Paralelo”: “Por que colocam essas bochechas na Julia?!”.

Após a estréia da novela, com a conclusão da minha estranha transformação na tela, cheguei à conclusão que o ideal seria uma radicalização alimentícia. E assim fiz. Passei a tomar muito chá verde, a comer sopa à noite, diminui minhas saídas noturnas, já que elas são sinônimo de taças e taças de vinho, dobrei minha ida à Velox - academia que freqüento - e parei de comprar amendoim “pra visitas” já que estas quando não eram convidadas não vinham, e eu quem devorava-os. Até que melhorou, mas ainda não é a solução.

Então cheguei à conclusão melhor que poderia ter chegado: Já que especialistas que visitei (angiologistas, homeopatas, endocrinologistas e meu personal querido, Eduardo Lage) já me disseram que meu DNA é esse e não adianta sofrer por isso, relaxei e só foco na minha interpretação. Como ela sempre foi o motivo de tanta formação que tenho, é nela que focarei! E ando feliz com o resultado.

sábado, 12 de setembro de 2009

Exposição? Só de quadros

Um dia desses me perguntam se eu não me sinto muito exposta por ter um blog. Minha resposta foi imediata: “Não!!”. Tenho verdadeiro horror à exposição da vida privada. Não consumo e nem vendo vida particular. Penso e concluo que na vida tem tantas coisas pra se aprender sobre tantos temas, como arte em geral, que é meu tema predileto, que nem sobra tempo nem interesse de “entrar” na vida privada de qualquer ser que seja.





Quando falo de mim aqui, é mais no intuito de me conhecer mesmo. É uma espécie de laboratório de mim mesma. Aqui releio e “me leio”. Por isso que meu tema predileto são shows, cinema e teatro, que são assuntos que freqüento, com prazer imenso.

Quando cito minhas experiências vividas, vem em forma de ajuda. Depois de tantos anos de auto-análise, além de me ajudar, pretendo ajudar pessoas que possam ter vivido ou estejam vivendo dúvidas vividas antes por mim. Acho saudável e só. Não me abro, não me exponho. Honestamente, nem pretendo.

Não me acho uma Freud. Nossa, longe disso! Mas sei que experiências intensas de vida que tenho, são similares a muitas outras intensas de muitas pessoas. Por isso a divisão de experiência, e só, ta? Nada mais que isso.

Termino aqui concluindo que continuarei no meu mundinho, quietinha e intensa, do jeitinho que gosto de ser e que só eu entendo. Pra que dividir mais que isso? Ta bom assim pra todos, não ta? Então ta.

A palavra “íntima” já se diz por ela mesma. Então, vida íntima, é minha, assim como a sua, é sua. Se quiser saber da minha vida de atriz ou de pessoa feliz com a Visconde Produções, minha produtora de vídeo com meus sócios-irmãos, que tem projetos super ultra mega criativos, tô dentro. Pode perguntar. Mas só. Combinado?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tudo bem, bem, bem

Andei relendo meu Blog e cheguei à conclusão de que passei uma imagem que não é exatamente a quero e que sou.

Em muitos textos cito a minha busca pelo amor ideal. E sei que não existe um. Sei sim que podemos nos adaptar às pessoas e às situações, fazendo dos momentos vividos, ideais. Isso que chamo “ideal”: momentos agradáveis. Se a sensação é boa, já ta bom. Não busco mais que o simples. A felicidade é simples, a gente que complica.





A vida é feita de cada segundinho. A gente não tem mania de relembrar o passado? Relembramos praticamente os segundos vividos, como: “aquele olhar que demos ou recebemos, aquele prato delicioso que comemos ou aquele filme que assistimos”. Então, a vida é feita DESSES momentos. A soma de todos eles é que faz a nossa vida ser/estar agradável e boa. Por isso busco momentos bons de vida.

Estou feliz como estou, porque vivo cada segundo com felicidade. Não busco mais que isso. Já me sinto completa. Sei bem que a felicidade é meu destino, afinal é nela que foco. E ela que colho, a cada segundo. Pra que mais? Por enquanto ta ótimo!

Reflito muito sobre tudo que vejo e vivo por isso te garanto que não busco nada mais que colhi. Assim tentarei me manter: plena. Se eu merecer ser mais feliz, que eu seja. Mas que ando de bem com tudo e todos, ando. A gente atrai o que vibra e eu ando vibrando felicidade.

Quanto o tema “amor”, ta tudo bem. Procuro me manter apaixonada. A paixão me move pra vida. E eu sou movida à paixão. Bom né?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Clichê?

A vida imita a arte ou será um clichê daqueles?

Não sei, mas o que sei é que desde que comecei a viver a Mimi do "Poder Paralelo" - uma personagem que se envolve com um homem casado - muitos homens compromissados se aproximaram de mim, Julia. O mais doido é que eles não são telespectadores da novela, não sabem que vivo a Mimi e muito menos que tenho pânico de me envolver com homens compromissados. Mas parece que ando atraindo esse tipo de "problema" pra mim.



Posso te dizer que já é o quarto homem da minha "lista", não que eu tenha uma, mas passei a contar após o número elevado de homens compromissados que se aproximaram de mim em pouco menos de cinco meses.

Por que eles estão se atraindo por mim? Será que meu inconsciente está atraindo esse tipo de problema pra minha vida, assim como a Mimi está plantando na vida dela?

Às vezes penso que viver uma história dessas pode me ajudar a viver a Mimi, já que só havia vivido um caso desses sem que eu soubesse ser uma amante. No caso eu havia sido a última a saber. Soube pela própria namorada do cara, que me ligou e me alertou. Acabei com o caso e fui viver minha vida honesta. Mas quando me vejo apaixonada ou ligada a um homem compromissado, passo a não admirá-lo. O que me impede de seguir uma história.

Sem Stanislaviky na minha vida, que buscava a memória emotiva pra viver um personagem, posso usar experiências de amigas ou de filmes e livros, pra me ajudar. Pronto! É isso que farei! Assim meu coração continuará livre e desimpedido pra viver um amor puro, de verdade. Assim quero, assim planto e assim colherei. Espero..

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mais um boa alma se foi..

A vida nos deixa sem respostas pra muitas questões e uma delas é: "Por que levar tão repentinamente e prematuramente um jovem que só tinha o bem no coração? Um jovem que fazia da sua vida uma bandeira pela boa ação e pela felicidade humana? Se ele se foi por ter concluído sua função na terra, qual é a hora de parar antes que concluamos, já que o ideal seria ele ainda estar junto de sua família e amigos?"





Ontem acordei com a matéria do O Globo informando a morte de Gabriel Buchmann. Fiquei arrasada. Não o conhecia pessoalmente, mas depois que conheci a história dele, passei a conhecê-lo, mesmo sem nunca o ter visto. Pessoas como ele são boas de se ter por perto. Só trazem boas vibrações. Acredito nisso pela história dessa viagem, última de sua jovem vida, e a mais importante pra vida dele e das pessoas que tiveram a sorte de encontrá-lo pelo caminho, já que a solidariedade foi o foco da sua ida.

Agora Gabriel deve estar num espaço reservado pra boas almas. E, com certeza, um lugar onde ele já esteve antes, pois acredito que pessoas como ele, que vivem em função de ajudar os outros, já encarnaram diversas vezes pra chegar ao nível de evolução que Gabriel alcançou.

Uma coisa a família e amigos dele podem ter certeza: Gabriel está muito bem aonde quer que esteja. E com certeza já roteirizando sua volta ao mundo dos mortais. Ainda tem muito trabalho a ser feito, Gabriel!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eu já sabia!

É tão impressionante! Não sei se a palavra seria essa, mas pode ser usada quando o tema é "Maria Gadú". Que deslumbre!





Ontem Maria Gadú trouxe felicidade pra vida de mais de 700 pessoas que LOTARAM a Varanda do Vivo Rio. Era uma gente com sorriso estampado no rosto e adjetivos lindos projetados pelas vozes que só eram ouvidas pra dividir a sensação maravilhosa que é assistir e ouvir Maria Gadú. Eu "assisto" a Maria. Exatamente isso. Pra mim ela é uma obra completa, daquelas que não se consegue tirar os olhos de tão linda que é. Linda em todos os sentidos que a arte pode ter. Maria é arte pura. Pura pela pureza que ela é, pura pelo talento puro que ela é, pura pela simplicidade que ela é. É puramente uma artista completa! O mais chocante de tudo isso é que ela tem apenas 22 anos de vida, com uns 30 de profissão, porque o talento condiz com muitos anos de palco e de vida. Deve ser a terceira "vida" que Maria nasce artista. Aí sim entendo o talento nato dessa menina-talento.

Os adjetivos de Maria são similares aos do Leandro Leo. Seu parceiro e amigo-irmão, de vida e de palco. Os dois juntos emocionam e deixam todos em transe. Acho que bati o record de arrepio. Me emocionei. Com todas as letras e significados que essa palavra tem. Que presente vocês dois juntos..

Os músicos que respiram com a Maria são OS MÚSICOS!
Vidal, o produtor fantástico e um mega profissional (raro nos dias de hoje..), conseguiu unir, simplemente, OS MELHORES: Cesinha (bateria. "O cara" da bateria!), Gastão Villeroy (baixo - incrívelmente incrível), Caneca (guitarra, ê que guitarra!!), teclados (Maycon - adorei) e Doga (percussão - adoroo). Todos plugados com Maria Gadú e ela, neles. Sintonia da mais pura. Que espetáculo!

Fico muito feliz por acompanhar um pouco da sua vitória, porque tenho certeza que isso tudo é o início de uma bela e enorme história de sucesso e boa música. Obrigada!

Beijo da sua fã, muito orgulhosa em ser!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Gabriel Buchmann

"Essa é a história de Gabriel Buchmann. Gabriel é um economista brasileiro de 28 anos que está perdido desde sexta da semana passada no Monte Mulanje, no país Centro-Africano do Malawi, um dos países mais pobres do mundo. Precisamos de ajuda para manter o assunto na mídia e garantir a continuidade do apoio governamental. Explicamos como no final do e-mail.

Ao longo do último ano, Gabriel Buchmann viajou por dezenas de países na Ásia, Oriente Médio e África. Sempre com poucos recursos, à base de carona e com a ajuda de pessoas locais. Sua intenção era conhecer o mundo, suas belezas, suas dores, seus erros, a pobreza, a injustiça dos homens contra a natureza e contra seus semelhantes.

Gabriel é um economista brilhante. No vestibular, foi primeiro lugar geral na PUC-Rio. Na faculdade, fez duas graduações: em Economia e Relações Internacionais. Ao longo da faculdade ganhou 2 bolsas para estudar na Europa, na Science-Po francesa e depois na Universidade de Madri. Voltou ao Brasil para completar sua monografia, em reforma agrária. Depois, iniciou o mestrado na própria PUC-Rio, defendendo a dissertação sobre a relação entre educação, fertilidade, e o sistema político do país.

Ao terminar o mestrado, ingressou no Centro de Políticas Sociais da FGV onde trabalhou na avaliação de diversos programas do governo. Essa seria sua preparação para o seu doutorado em Economia da Pobreza, na Universidade da Califórnia.

Antes do doutorado, Gabriel falou que precisava entender a pobreza mais de perto, e essa foi uma das suas razões para sua viagem à Ásia, Oriente Médio e África. Não que ele não a conhecesse. Ainda na faculdade, embarcou num avião do correio aéreo nacional para a Amazônia, onde subiu o pico da neblina e conviveu nas comunidades pobres locais. Abandonou o verão do seu Rio de Janeiro para passar meses em cidades do sertão nordestino, onde fazia questão de ir àquelas mais pobres e se hospedar na casa das pessoas humildes da região. O seu interesse era a vida deles, os problemas deles."

Para Gabriel, a estrada é conhecer e viver. Esse é um trecho do e-mail que ele escreveu no dia primeiro de junho (veja mais no blog:http://ajudegabrielbuchmann.blogspot.com/ )



“mas o melhor de tudo é que aqui na África to conseguindo por em pratica a viagem que sempre idealizei...hoje ficarei em hostel pela segunda vez desde que pisei no continente, todos os outros dias dormi e comi na casa de locais, gastando uns 2-3 dolares por dia, o que me permitiu a cada dia distribuir meu daily budget entre as pessoas que me hospedaram, alimentaram, etc...to muito feliz com isso, de conseguir estar vivendo grande aventuras e realizando uma viagem de profunda imersão no continente africano, absolutamente não turística, e de forma totalmente sustentável, transferindo 80% dos meus gastos pra africanos pobres... e aqui com quase nada vc faz uma substancial diferença na vida das pessoas...esse amigo meu congoles, por exemplo, com 12 dólares paguei o aluguel mensal da casa da família dele, esse menino com 40 dólares garanti um ano escolar pra ele numa escola super legal...”

Malawi era o último país que ele iria visitar. Dia 28, estaria (está!) com viagem marcada de volta ao Rio. Gabriel já está desaparecido há uma semana, mas em 1994 um Malawiano passou 3 semanas sozinho no monte, sendo encontrado numa trilha após ter desmaiado de fome. Houve ainda outros casos de resgate. NOS AJUDE A MANTER A CHAMA ACESA!

domingo, 26 de julho de 2009

Inspiração

Essa vida me surpreende cada dia mais. E isso é ótimo!

Andava meio sem inspiração pra escrever..mês difícil, mês sofrido com perda dolorosa, mês de frio, mês de chuva, tudo isso junto me tirou a inspiração. Mas a vida é uma surpresa, e dessa vez a surpresa foi boa. Então resolvi escrever. Não é que "resolvi", é que deu vontade, mesmo.

Quando menos se espera, a vida nos apresenta bons "presentes" e dessa vez a presenteada fui eu. Te confesso que andava achando que não receberia presente algum tão cedo, mas quando menos se espera..

Por isso resolvi escrever..pra agradecer a quem quer que seja o responsável pela "bela surpresa" que me apareceu. Sei que mereço, só não sabia quando chegaria, já que tantas pessoas merecem tanto quanto eu. Mas minha vez chegou e estou feliz com isso.

O bom dessa surpresa é que me deixou plena pela simples presença. Mesmo que seja só o que vivi, valeu à pena. Me senti tão realizada com essa bela surpresa, que me deu um gás pra vida. Isso que valorizo: a transformação positiva dentro de mim.

Tô calma, plena, feliz, com sorriso cravado no rosto, com risadas tardias de memórias vividas, ou seja, uma jovem quicante de felicidade.

Obrigada.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mãe

Mamy,

Hoje faz dois anos que você se foi. Passa muito rápido, o tempo, mas a saudade se transforma, não passa.

Às vezes dá uma dor de saudade. Ela dói fisicamente. Venho tentando transformar essa dor, já que a saudade é um dos males que não tem remédio. Faço assim: tento lembrar só dos momentos bons, das horas de risadas, das horas de conversa boa, das histórias das viagens, dos almoços em Correas.. aí melhora. Passar, não passa, mas se transforma.

Dizem que pra tudo na vida tem um lado positivo. Te juro que ainda não achei o lado positivo da sua ida, mas tento viver da melhor forma, sem a presença sua, que me dava uma segurança tremenda. Venho aprendendo, nesses dois anos, a viver com segurança em mim, já que meu braço forte, que sempre foi você, não está mais me segurando. Venho cumprindo direitinho, modestia parte, mas com você seria melhor. Posso te garantir.

Nesses dois anos cresci demais, Mamy. Acho que cresci o equivalente a uns 10 anos. A dor faz crescer. Acho que envelheci também, mas já era a hora, né? Não tem problema, continuo com saúde e força pra lutar pelos meus sonhos. Assim venho fazendo, sem deixar nada me fazer desistir. Como você me ensinou.

Eu e meus irmãos estamos mais unidos do que nunca. Papy também, graças à Deus. Formamos um quarteto forte, bem sólido, mas loucos de saudade. Não falamos diariamente, mas cada papo que nos faz lembrar você, é uma expressão de dor que vem a face. Isso não tem como negar. Mas resolvemos de um jeito saudável: quando dá a dor de saudade, falamos bastante das suas histórias incríveis, assim a dor se transforma e tudo fica bem.
Descobri com sua ausência que quanto mais falarmos de você, mais viva está entre nós. E assim a queremos: entre nós.

Mamy querida, continue seu caminho aonde está, que sei que está bem. Sinto isso. Você sempre foi uma mulher além do seu tempo, e sei que não seria diferente quando a sua hora chegasse. Nós estamos aprendendo com você, pode ter certeza.

Te amo demais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

André Rio!

Desde criança tenho uma enorme paixão por Pernambuco. Não sei se pelas belezas naturais, pela música, pelo povo ou pela culinária, mas sei que o Estado consegue reunir temas que amo, com qualidade e referência, em todos eles. Todos, mesmo.

Viajo praquela terra boa desde meus 12 anos, época em que ir para o Nordeste não custava um ano inteiro de economias. Nessa época as praias eram ainda mais lindas. Acredite se conseguir.

De lá pra cá voltei algumas muitas vezes. Umas à trabalho, outras à lazer. Algumas outras, também, quando o coração chamou. Namorei um pernambucano brilhante que me fez viver em Recife por 8 meses. Só Recife e aquela família MARAVILHOSA cercada de amigos FANTÁSTICOS pra me tirar do meu Rio de Janeiro.

Essa semana revivi Pernambuco/Recife. Ou melhor: Nordeste!



Vivi uma das noites mais marcantes que um amante da boa música pode viver: Show do André Rio!

Só não digo que fiquei sem palavras porque tive que achá-las pra poder expressar a tamanha felicidade em que eu me encontrava nessa noite linda.

Já não via André Rio e sua talentosa banda em cena, há anos. E vi que essas "férias forçadas" não podem se repetir, nunca mais!

André fez como um típico Nordestino: agregou talentos e uniu qualidades, só que no palco do Rival. Pra sorte dos cariocas e demais presentes.

Cada momento surgia uma participação mais incrível: Moraes Moreira com Cesinha na bateria, Elba Ramalho (arrasou, como sempre),



Cesinha do Acordeon (menino talentosíssimo e uma figura linda de se ver) e Roberto Menescal (!!)...meu Deus..Menescal cantando e tocando um samba homenagem, que me tirou do eixo. Nunca havia imaginado ser merecedora de uma grandeza dessa. Uma declaração de amor difícil de ser batida. Algo parecido, pra mim, seria ser escrita, ou descrita, pelo Zuenir ou pelo Prata, talentos indiscutíveis. Venero.





É..noite igual a de ontem faz da vida uma alegria intensa. Faz a vida ser Pernambuco: Alegria vestida de cor viva ao som de boa música em noite de São João.

Viva Permanbuco!

Senti falta de Nena, Luck, Lula, Tostão Queiroga, Ana Paula Maria Bonita, Vanessa, Bráulio, Spok. Teremos que repetir a festa!




quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fio Branco, o primeiro a gente nunca esquece.

Desde jovenzinha tenho a aparência que engana. No ótimo sentido. Normalmente me "dão" idade abaixo da real idade que vivo. Muitos anos à menos, como 6, 7. Fico feliz e agradeço, afinal vivo em busca pelo máximo de tempo de juventude que eu puder manter. Por isso pratico esportes, bebo muita água, procuro me alimentar bem, uso hidratante, limpo bem minha pele, e principalmente, tento não deixar que coisas que normalmente me deixariam triste, me deixarem triste. Tento me manter feliz o máximo do tempo possível.

Mas esse ano algo me dizia que o tempo correria diferente dos demais: impostos abusivos. Quando eles vem, junto vem as rugas, olheiras, revolta e agora, o primeiro fio branco.

"Tudo bem, tô no lucro, afinal já tenho 32 anos". Mas não é só essa questão. Meu corpo está parando de "fabricar" elementos que afetam, pra sempre, a minha vida. Dá uma preocupação, entende?

A minha maior preocupação não é só a aparência, o tempo e o dinheiro gastos pra se manter uma raiz capilar colorida, e sim a modificação interna. Será que terei que mudar meu jeito "moleca", como dizem, quando passar a tingir as mexas? Será que as rugas também passarão a ser expor, já que faz parte do processo de "amadurecimento", assim como os fios brancos? Terei eu que deixar de usar minha bicicleta com cestinha, já que esse tipo de acessório é para meninas e não mulheres? E mulheres, andam de bicicleta assim como eu?

Sei que terei tempo suficiente para conseguir respostas pra tantas perguntas, mas o que me deixa feliz, mesmo, é ter a certeza que sou realmente gêmea do Felipe, porque no dia seguinte ao surgimento do meu primeiro fio albino, o Fil tocou a campainha para dividir a descoberta do seu "primeiro fio branco".

É..o jeito é ouvir e seguir a dica de Dona Canô, que nos deu uma receita para uma boa trajetória, longa e feliz, de vida: "Tentar não se chatear com pequenas coisas".

Assim sigo..se Lula, Sarney, Deputados donos de castelos, e tantos outros sem adjetivos pertinetes, deixarem..

terça-feira, 30 de junho de 2009

Vida!

Numa semana tão triste onde o tema mais citado foi a “morte”, exatamente esta que levou nosso astro maior, Michael Jackson, eu não podia deixar de falar da vida, já que ontem fui presenteada com ela, latejando, cantando ao meu ouvido.

Ontem fui convidada pela minha irmã talento, Lia Sabugosa, pra assistir ao show do Moraes Moreira, mais uma vez - incansavelmente irei mais várias, só chamar - no show palco MPB FM, minha rádio predileta. Cesinha, meu cunhado incrivelmente fantástico na bateria, estava presente no palco. Moraes não é bobo nem nada.

O show foi deslumbrante! Moraes, no auge da sua adolescência energética, colocou TODOS pra dançar desde o início do espetáculo. Sem distinção de idade, raça ou conta bancária. Lá eram todos iguais, como deve ser: gente feliz.

O mais incrível é que SÓ tem música boa. Repertório à lá “Novos Baianos”, com um gingado único e contagiante. De renovar qualquer energia.

Saindo de lá, descompromissada da vida, ouço de Cesinha o seguinte convite: “vai rolar um som na casa do Milton Nascimento, ta afim?”. Como assim?! Claro!! Saímos direto pra casa linda do Bituca, no Itanhangá. Chegando lá soube ser um sarau em homenagem ao incomparável Drexler. Como assim!!??

Chegamos e a festa estava já iniciada, com cantores, atores, compositores, amigos amantes da arte, todos na mesma energia boa, na mesma função: se divertir ao som dos melhores.

Bituca passou o tempo todo (pelo menos o tempo em que eu estive lá), sentado na sua confortável poltrona, de frente para o “palco” improvisado. Não conversava, admirava. Era o primeiro a aplaudir. Com as mãos fortes, fazendo das palmas uma forma vibrante de agradecimento. Meu sorriso não conseguia se desfazer diante de tantos gênios, pra mim, gênios: Lenine, Lia Sabugosa (que deu uma canja de deixar todos de queixo caído!), Daniel Lopes, Totonho Villeroy, Rodrigo Maranhão, músicos brilhantes como Cesinha, Gastão Villeroy e outros tantos que não sei o nome ainda e claro, Jorge Drexler. Na hora do “convidado ilustre”, todos se calaram, pra não perder nem um suspiro do jovem talento. Todo educado e tímido, logo nos primeiro acordes mostrou a que veio ao mundo: tocar, cantar, compor e emocionar. Que beleza de timbra, que beleza musicas, que beleza de apresentação.

Saí da casa do Bituca satisfeita com a vida. Me senti honrada de fazer parte daquele grupo seleto de artistas loucos por arte. Assim me considero. Me senti maior que antes.

Obrigada Cesinha e Lia! Não sei como retribuir a noite vivida. Se pudesse trazer Michael por alguns minutinhos, seria o equivalente a tudo que senti ontem. De verdade.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Romance no ar...



Mimi que o diga!

Depois explico melhor..

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Paz e amor

Tem dias que os problemas se tornam enormes quando não deveriam.

Tenho vivido isso de uns dias pra cá.



Nasci numa família grande, tenho irmãos e muitos primos. Sempre tivemos que “brigar” pelo nosso espaço. Saudável, até. Sempre tentando chamar a atenção para nossas qualidades, para assim podermos conquistar nosso momento de atenção dentro de uma família tão grande.

Eu e meus irmãos fomos criados muito livres. Nossa mãe vivia mais tempo em São Paulo ou viajando pelo mundo a trabalho, do que em casa. Foi uma craque na área musical, muito respeitada e vencedora. E meu pai tinha a rotina centro da cidade/casa. Fomos criados a distância, mas sempre bem criados. Tanto que os três são honestos, amigos e batalhadores. Acredito que a arte fez com que criássemos um jeito diferente e viver. Com mais amor e cuidado.

Essa criação diferente do tradicional nos tornou pessoas diferentes. Não é bom nem ruim, apenas diferentes. Somos mais independentes de atenção que os outros, prezamos por mais liberdade que os outros e temos nossos segredos secretos. Nada grave, mas prezamos por discrição. Sempre fomos assim. Fofoca não é com a gente. Não alimentamos, resolvemos.

Nosso jeito “diferente” atrai pessoas, pois acredito eu, ser evidente uma qualidade quando o tema é: “não dependência”, “não grude”, “liberdade”, “paz”. A gente busca esse equilíbrio, exatamente por ter o tido na infância. A gente não tinha pressão dos pais com o boletim, não tínhamos cobrança de banho, de estudo, de amigos. A gente vivia total liberdade, mas com a arte presente, que nos deu personalidade e caráter.

Não somos perfeitos. Claro que não! Coisa chata, também! Senão não teria a graça da vida, que é a transformação que ela nos aplica diariamente. Eu sou cabeça dura, sou difícil de me abrir, caretinha nos relacionamentos, detesto cobrança de atenção e de atitudes, sou difícil em ouvir críticas, sou extremamente organizada com minhas coisas: não gosto de toalha molhada na cama nem privada destampada; por isso vivo só. Mas sou amiga, isso sei que sou. Amo ser, por isso admito essa qualidade, com orgulho.

Esse texto é uma forma de tentar aplicar o simples na vida de uma pessoa que amo muito e que está passando por uma fase ruim na vida, mas que já vai passar. Eu e meus irmãos tivemos mil motivos pra sermos revoltados com a falta de tempo que nossos pais tiveram pra gente. Mas não. Usamos a nosso favor. Somos extremamente unidos. Claro que já foi tema de choro e briga, mas resolvemos. Principalmente porque quisemos resolver pra viver com paz. Por isso acredito que o ideal a você, é aplicar essas tempestades a seu favor. Olhe pra dentro de você e veja o porquê desse incômodo enorme com coisas que já deviam ter sido resolvidas. Foque na solução, e não no problema.



As tempestades tem sido intensas, só que em copos d água pequenos demais. As tentativas de conversas foram frustrantes, por impaciência e cabeça dura de ambas, mas tentativa de solucionar, houveram. Como tentei, como tentamos. Então uma dica: a vida passa rápido, não desprenda energia a coisas que não vão lhe trazer sensações positivas. Se está magoada, xingue, grite, mas dê uma trégua a vida.

Relaxe e divirta-se na sua viagem! Vai te fazer bem. Te amo e seremos amigas pra sempre. Eu quero! Lá lá lá!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Uma declaração..

Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu

Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer



Valsa Brasileira
Chico Buarque e Edu Lobo

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um dia na TV

Muita gente me pergunta como é meu dia-a-dia na TV. Imagino o quanto a imaginação de uma pessoa que não vive essa realidade, pode viajar. No bom sentido.

Então resolvi escrever sobre o tema:

Costumo chegar na hora marcada, ou antes, já que a primeira função de um ator é ir se preparar fisicamente para “encarnar” o personagem. O primeiro passo para essa transformação é cabelo e maquiagem. Cabelo esse que tenho pra dar e vender. Por isso chego cedo. Pra compensar tenho uma pele limpa e lisa. Cuido dela com muita atenção e cuidado. Meu segredo é mantê-la limpa no dia-a-dia. Não durmo de maquiagem e uso adstringente diariamente, mesmo que não tenha me maquiado no dia. Mas isso não vem ao caso agora, já que o tema é outro.

Assim que chego à sala de maquiagem, meu cabelo é escovado, mesmo seco. Após aproximadamente 30 min. passo para maquiagem. Mimi é discreta na make. As profissionais capricham na pele, usam uma leve sombra e um hidratante na boca. Após essa “transformação” passo para figurino. No camarim as araras são montadas com os figurinos de acordo com as cenas e trocas. Camarim feminino e masculino, de acordo com o sexo do ator. Claro!! Em cada cabide tem o número da cena e da roupa. Sempre tem uma profissional para nos ajudar com a troca. Mesmo que haja tempo suficiente para execução do serviço, elas estão a nossa disposição para que não haja erro. Afinal qualquer pequeno erro se torna gigante quando se trata de uma produção de TV. Tempo realmente é dinheiro em um caso desses.

Cada personagem tem caixas com adereços do personagem, como brincos, pulseiras, prendedores. A Mimi, por ser do núcleo pobre na trama, não é de muito assessórios, tadinha, mas me divirto na escolha dos mesmos. Os figurinistas costumam nos deixar à vontade na escolha.

Depois de pronta, além de esperar pela hora da minha cena ser gravada, costumo ir em busca de amigos de cena para “bater texto”. Essa expressão representa o estudo do texto. Uma forma de nos prepararmos para a hora do “ação”. Normalmente sugerimos soluções para a cena. Isso tudo antes de chegarmos no set de gravação, já que lá quem manda é o diretor e é ele que respeitamos e escutamos. Nós, atores, e todos que estão presentes.

Em cada gravação de cena tem, pelo menos, 20 pessoas presentes: figurinistas, cabeleireiros, maquiadores, camareiras, câmeras-men, iluminadores, produtores de estúdio, responsáveis pelo áudio, revisores de cena, pessoal de corte de cena, assistênte de direção, diretor. Fora as pessoas que estão dentro do suiter, assistindo a cena para ter certeza que tudo está ok para ir ao ar. Muito trabalho pra cada segundo editado. Por isso, cada vez que você for levantar pra fazer xixi durante uma cena ou qualquer outra coisa que interrompa a sua atenção à novela, valorize o momento vivido, pois está deixando de prestigiar horas e horas de trabalho dedicado por uma gigantesca equipe.



Agora minha personagem passará por uma transformação. Uma espécie de amadurecimento, para poder viver um belíssimo romance. Uma hora decisiva para Mimi e pra mim. Portanto estarei mais e mais voltada para essa fase, por isso, me perdoe caso eu fique mais ausente da vida blogueriana.

Me deseje sorte.

terça-feira, 28 de abril de 2009

É fácil, eu consegui!

Já há alguns anos tentava parar de fumar. Cigarro já não me fazia bem. Virei alérgica (coisa que me orgulha em NÃO ser), deixei de ter um pulmão enorme que resistia à quilômetros de bicicleta ou nado; comecei a ter sintomas nada femininos, como cheiro de "noitada". Cá pra nós: o fumante cheira à noitada. Claro que existem as exceções. Mas demorou muito para que eu realmente sentisse a vontade gigante que senti pra poder ter força suficiênte pra me ver livre desse vício que não leva à NADA positivo.

Mesmo minha mãe indo embora por causa desse vício horroroso. Um ano e meio depois de sua ida, consegui. Mas consegui!

Já há uns 6 meses não fumo essa droga lícita. Lícita sabemos bem porque: o governo fatura mais impostos gerados pelo tabaco, que com impostos pagos com assistência médica para o povo que sofre com esse vício. Infelizmente é por essa razão que o cigarro continua legalizado. Aliás, legal não devia ser um adjetivo positivo quando usado relacionado a esse vício. Aliás, à nenhum vício.

Mas esse texto não tem nada de político, é um texto pra ajudar pessoas que querem parar com esse vício. Então vou te contar:

Quando decidi parar de fumar fiz uma espécie de lavagem cerebral. Já sabia dos males, então me coloquei como mais forte que o vício. "Como assim eu deixar de estar saudável por causa de um troço que me deixa fedorenta, sem fôlego e que tirou a minha mãe querida do mundo??". Então comecei pelo básico: "eu vou conseguir". Tirei a palavra "difícil" do meu vocabulário. Nada é difícil se você realmente quer. Aí tudo muda!

Por mais que eu fumasse só quando eu bebia, quando bebia fumava direitinho. Parecia uma viciada de 70 anos de fumo intenso. Ligava um "foda-se", ou foda-me, e me matava aos poucos. Minhas ressacas eram absurdas. Doía tudo. Meu fôlego demorava duas voltas na Lagoa Rodrigo de Freitas (7km e 200m) pra voltar ao normal, fora o cheiro nas mãos, que não saíam por NADA. Nem borra de café adiantava. Acordava querendo dormir pra esquecer. Até que me cansei e estipulei uma meta: "assim que realizar meu sonho pararei de fumar". Meu sonho era assinar um contrato. Até que chegou a Record. Deu um medo. "Agora terei que pagar a promessa!". Foi o momento da conscientização plena. Foi o momento que tive certeza que queria mudar completamente a minha vida. O modo de pensar muda. Claro que no início, cada gole de cerveja dava uma vontade gigante de fumar, mas a vontade dá e passa. Juro! É só ter paciência que ela passa. Assim como foi comigo. Passou completamente!!

Hoje bebo com amigos, saio pra dançar e volto pra casa feliz da vida. Meus dias seguintes são como dias anteriores. São saudáveis. Não existe mais dor no corpo nem arrependimento. Meu sorriso está mais branco e minha pele mais rosada. Até meu humor mudou.

Hoje me sinto mais forte e acredito mais em mim. Assim que deve ser: acredite em você que só você sabe o mal que esse vício te faz. Eu acredito.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pra não restar dúvidas

Depois que postei meu último texto, "Quem sabe?", muita gente veio até a mim pra dividir a experiência fantástica que é criar junto com o pai, os filhos. Concordo!! Acho que me expressei mal. Por isso resolvi tirar a limpo.

Sei porque vivi isso. Sei da importância dos pais juntos numa criação. É essencial a parceria e união do casal, mesmo casal já separado. Acho lindo quando pais, mesmo que separados, conversam e/ou discutem saudavelmente sobre a educação de seus filhos. Afinal aquela criança só existe porque os dois "trabalharam" pra isso, unidos, então tem que decidir juntos qual decisão tomar sobre todos os assuntos necessários para o bem daquela criança.

Quero isso pra mim também. Quero deixar isso bem claro. Quando disse "espaço" em um casamento, continuo acreditando ser o ideal, pelo que vivi e senti necessidade. Mas continuo acreditando na união do casal, na amizade, no prazer em estar junto na criação unida da prole.

Acho que o espaço de cada um, faz esses momentos juntos, melhores ainda. É isso que quero pra mim.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem sabe?

Logo que me separei decidi passar um tempo de férias de relacionamento. Estipulei o período de um ano. Pensei: "Agora é hora de focar na minha carreira. Quero meu tempo completamente voltado pra mim e minha profissão". E assim faço há quase um ano.

Durante esse tempo foi de se espantar a quantidade de conquistas realizadas por mim: voltei à Portugal - país que amo e me faz sentir plena; parei de fumar; tornei real a "Roda Gigante", minha peça com meus irmãos e amigos preciosos; assinei o contrato com a Record para viver um personagem cômico em uma novela linda com um diretor amigo e super talentoso; abri com meus irmãos a Visconde Produções, nossa produtora de vídeo; consegui realizar o sonho de morar sozinha e, principalmente, conquistei a liberdade. Sou livre.

Aí penso: será que se eu estivesse namorando ou "casada" ainda, teria realizado tudo isso. Não sei. Por isso que questiono muito, hoje em dia, o casamento. Acredito que um casamento ideal é aquele aonde as pessoas realmente tem seu espaço. Quando digo "espaço" penso, principalmente, em espaço físico. Acho importante cada um ter a sua casa, mesmo e sendo um casal feliz. A não ser que um dos dois viaje muito, fazendo da saudade o melhor tempero.

Quero ser um casal feliz, mesmo. Quero ter filhos (acho que dois. Antes pensava em três, mas hoje em dia vejo o quanto é caro criar gente), quero jantar junto com eles, quero dividir a educação e criação deles e quero, principalmente, que o pai deles goste do título "pai".

Mas aí penso: além disso tudo eu tenho que ser apaixonada por ele, tem que gostar de música boa, tem que ser um cara que dê importância à família, honesto, trabalhador, bom de papo, me faça rir e que esteja afim de ser um casal também.

Acredito que exista UMA pessoa ideal pra cada um de nós. Acredito piamente. Por isso que é normal nos enganarmos e vivermos muitos relacionamentos que não dão certo. Eles são uma espécie de treino pra quando a hora do encontro decisivo chegar, assim nós estaremos preparados e aplicados. E olha que tenho sido uma ótima aluna durantes esses imensos anos de vida.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Falei que voltava!

Não resiti e voltei pra assistir Maria Gadú e Leandro Léo!


Não só eu repeti a dose, como: Lia Sabugosa, Maytê Piragibe, André Bankoff, Dado Dolabella, a menina indiazinha que é a musa inspiradora da música "Laranja" e mais um monte de gente que não conheço. Estava lotado!! De Kelly Key à Ana Carolina!


Fico muito feliz em ver que novos talentos estão surgindo e sendo bem aceitos. Me dá uma certa angústia quando vejo pessoas sem talento ocupando espaço de artistas, realmente, artistas. Nesse caso, não!! A Som Livre investiu bem. Boa tacada! Parabéns!

Domingo será a última noite dessa pequena temporada no Cinemateque. E claro, pretendo estar lá!

Chico não foi... mas ainda tem mais um chance. Chico, acorda pra vida!

Lula, o Queiroga da vez!



Há, pelo menos, dois meses soube da vindo de Lula Queiroga ao Rio de Janeiro para lançamento de seu terceiro CD (Tem Juízo, Mas Não Usa). Estava torcendo para que tudo desse certo e eu conseguisse estar presente na platéia no Rival para babar no show. Afinal aquilo não é apenas um show de música boa, é um espetáculo completo!

Fui com Lia, Cesinha e Daniel Lopes. Trio talento de ouvido refinado, além de fãs do cantor. Daniel ainda não era. Percebe: "ainda". Porque depois de assistir ao Lula no palco, raros não se entregam ao fanatismo. Não seria diferente com Daniel Lopes.

O show começa e entra aquela figura (no ótimo sentido da palavra) e já começa com uma composição própria, de letra originalmente Queroguiana. Lula tem um estilo e uma assinatura tão próprias que é quase impossível não identificar a mensagem que o astro pretende passar, além de ritmos e misturas inéditas. Cada história é contada e cantada de forma única e tão curiosa que deixa qualquer platéia vibrando. Platéia essa que da metade para o final já não se aguentava nas cadeiras e se punham a dançar e a brindar à vida. Lula tem disso: tem uma vibração tão boa e forte que contagia.

No palco uma banda MAGNÍFICA acompanhava com tanto brilhantismo e precisão, aquele cantor/compositor, que dava gosto de ver. Uma banda de muitos Queirogas e outros não Queirogas de nome, mas de suingue. Oxi que suingue! Tostão Queiroga, um dos melhores bateristas brasileiros, era acompanhado também por outros dois Queirogas, Yuri, na guitarra (Nossa Senhora, que talento!!) e Lucky Luciano, baixo. Um baixista personalizado e de categoria ouro. Se eu fechasse meus olhos, identificaria Queirogas em cena. Facilmente. Além de Fabrício Belo nos teclados, com sua performance física quase tão fenomenal quanto sua performance na teclas. Que showman! Além de Eduardo Braga na guitarra. Também tão especialmente talentoso. Não poderia deixar de citar um dos técnicos de som mais queridos, dignos e precisos do mercado brasileiro, Leo Dim! Que orquestrava o show com seu ouvido aguçado e de ótimo gosto! Um show precioso de ver e ouvir, com nosso elenco brilhante de artistas regionais que mudam a cara do mercado fonográfico brasileiro. Com eles em cena fico orgulhosa de ver o nome do nosso Brasil rodar pelo mundo à fora!


Lula Queiroga! Bravo! Volte sempre e muitas vezes! Com você nosso Rio tem mais suingue e sorrisos!


Ah! Comprei o CD ainda levei um autógrafo com originalidade dos Queiroga: “ Pra irmãzinha, Julia com um beijão Sabugoso. Valeu! Lula Queiroga”. (“irmãzinha” da Lia, de quem Lula também é fã!)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Domingo de Páscoa com Maria Gadu

Domingo de Páscoa é um dos dias mais agradáveis do meu ano. Sempre foi, a vida toda.

Costumo passar em Correas, um verdadeiro paraíso na Serra Fluminense. Minha avó e ídola mora lá e nas datas festivas a família sobe a serra, em peso.

Como de costume comemos um delicioso bobó de camarão feito pela sensacional Maria, cozinheira da voinha há muitos anos. E claro, muito vinho pra acompanhar.

O tema do texto não é exatamente Correas, mas falar de Páscoa e de Correas sem citar minha avó Lia é impossível!

Após uma tarde agradabilíssima nada poderia ser melhor pra fechar a noite do que um show de música. Então, lá fui eu!



Só sabia que se tratava de uma jovem cantora de muito talento e muitíssimo falada pelo meu amigo de elenco, Leandro Léo. E que, por coincidência, na banda estariam Cesinha, meu cunhado amado e talentosíssimo baterista, e Caneca, outro talento da música, só que na guitarra.

Logo que entrei no Cinemateque avistei Caetano (!!!), o Veloso. Ele mesmo. Fingi ser absolutamente comum pra mim estar numa mesma platéia que o astro. Mais alguns minutos e avisto amigos atores: Maytê Piragibe, Guilherme Buri e o próprio Leandro Léo, que fez uma belíssima participação. Ao meu lado estavam Lia Sabugosa e Daniel Lopes. Melhor que isso, só se Chico Buarque estivesse presente.

O show começa. Entra uma pequena menina meio moleque e senta num banco alto com as pernas cruzadas. Assim como um Buda. Pega seu violão e ARRASA. Simplesmente arrasa para aquela platéia chocada com seu talento. Tocou de Adoniram Barbosa à Kelly Key, sem "bater na trave" nem titubear em momento algum. Além de versões mais que originais de "A História de Lily Braun"(Chico Buarque e Edu Lobo) e "Ne me Quitte Pas". E olha que Caetano continuava por lá, quieto e bobo com aquele talento despretencioso.

Um dos momentos mais lindos foi quando Leandro Léo e Maria Gadu cantaram "Linda Rosa". Aliás, que dupla afinada e cheia de carisma. Dois jovens talentos de dar orgulho em qualquer brasileiro.


Esse domingo tem mais. E lá eu pretendo estar.

Uma cantora que reune de Caetano Veloso a Dado Dolabella é, no mínimo, divertida de se ver.

Quem sabe Chico também vai..

Mimi em Poder Paralelo


Finalmente a novela estreiou! E foi lindo de se ver.

A estréia foi perfeita! Um capítulo cheio de ação e romance. Uma novela caprichada, feita com amor e dedicação de incríveis profissionais.

Estou feliz e realizada por fazer parte desse núcleo de estrelas-talento, na frente e por trás das câmeras.

Parabéns à todos!

Que seja um grande sucesso! E será!!

Ah! Mimi estréia no sábado!! Vale a pena conferir!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

3.2

Quando eu era criança (faz tempo, mas já fui uma) brincava daquele jogo de escrever num papel a idade em que iria casar, ter filhos e tal. Me lembro bem que aos 20 casaria e aos 22 seria mãe. Pode ver que o tempo verbal não se concretizou - estou solteira e não tenho filhos. Ainda quero realizar esses sonhos, mas a gente muda tanto durante o processo de crescimento, que os sonhos, muitas vezes, não acompanham as realizações.

Durante minhas fases de visível amadurecimento o tema que mais fez (e faz) diferença pra mim, é o tema "profissão". Normalmente é nele que gosto de focar. Mas claro que nem sempre as coisas são como queremos, tanto que muitas vezes desviei meu foco da "profissão" para o tema "paixão". Nossa! Muitas vezes mesmo! Quando falo de "paixão", falo de gente: pele, carne, osso e coração.
Ainda estou aprendendo a lidar com a divisão de atenção. Difícil, mas necessário.

Nesses 32 anos de vida conquistei muitos sonhos e pessoas:

Conquistei meus dois melhores amigos, que são meus irmãos. Criamos uma amizade tão sólida que me faz sentir completamente segura. Não me sinto só, mesmo que distante. Conquistamos uma sintonia rara de se ver. É mágico.

Conquistei muitas viagens. Aliás, uma das minhas grandes paixões e a maneira mais deliciosa de gastar dinheiro. "Viagem a trabalho" então..adoro! É uma das frases que mais gosto de ouvir. Viagens essas que me fizeram conhecer muitas pessoas e lugares belíssimos, nem sempre, mas muitas vezes belos.

Uma das coisas que mais me orgulho nesses 32 anos é a facilidade que tenho em conhecer e de me comunicar com as pessoas. Adoro gente.

Aprendi esportes que me identifico e outros que apenas me deixaram marcas. Roxos, mesmo. Me tornei uma ótima ciclista e nadadora - essa modéstia toda veio junto com os 30 anos - Depois de inúmeros esportes mereço me identificar com dois, pelo menos. Só pra você me entender. Já (tentei) pratiquei: remo, futebol de praia, futevoley, voley, basquete, handball, tênis e corrida. Entendeu, agora?

Nesses 32 anos conquistei muita saúde. Incrível! Cuido dela direitinho, mas me orgulho de ser saudável e forte. Graças a uma boa alimentação e esportes. Eu conquistei e indico.

Conquistei muitas vitórias no meu trabalho. Estudei muito e batalhei mais ainda pra isso tudo acontecer, e não desisti. Aliás, pra mim esse é o segredo: não desistir. Se eu te contar tudo que já conquistei e não se realizou, então...Te darei uma palhinha: conquistei o papel de protagonista em uma série em um canal do Estado que, claro, não rolou por "falta de verba". Eu tinha 16 anos na época; também já fui aprovada no teste para ser a "nova apresentadora" de um programa incrível de esportes em um canal que eu achava, até então, O canal. Nunca me ligaram; também cheguei a apresentar um programa de TV em um canal "parabólico" e depois de dois dias de trabalho houve uma confusão no canal e tiveram que fazer uma mudança na programação. Fui pra casa e lá fiquei. Nunca mais disseram nada sobre o tema e nunca recebi um real pelo trabalho executado, e muito bem executado. Mas aprendi. E isso vale muito mais.

Mas vitórias houveram, e muitas! Nasci numa família abençoada; tive uma mãe magnífica, um exemplo a ser seguido (tirando o cigarro); tenho um pai mais que absolutamente maravilhoso, apesar de ter pressão alta e continuar se alimentando mal; meus irmão são raros e unânimes no quisito maravilhosos; tenho amigos brilhantes; trabalho e trabalhei muito, nunca me faltou saúde pra isso; consegui realizar o sonho de morar sozinha; já tive um fuscão preto; tenho um cachorro doce a carinhoso, além de lindo; já atuei em dois longas; estou na minha segunda novela; atuei em diversas peças, incluindo uma Ópera no Municipal do Rio de Janeiro dirigida pela incomparável Ana Kfouri; consegui montar a minha peça e dos meus irmãos,a RODA GIGANTE; abri a minha empresa de vídeo, Visconde Produções, com meus sócios e melhores amigos, meus irmãos; sou vizinha de prédio com meu gêmeo; minha irmã me visita frequentemente, além de amigos e afins e tenho um blog onde conto minhas realizações e aventuras.

Ainda tenho muito mais conquistas a realizar. E sonhos...muuitos sonhos pra concretizar. Esse dom de sonhar espero nunca perder.

Que venham muitos mais anos pela frente! Com saúde, honestidade e alegria, é assim que sigo!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Net Bomba


Já há muitos anos assino a Net. Uso os canais de TV, como GNT, MultiShow, Canal Brasil e Telecines e, principalmente, uso a internet. Uma ótima ferramenta para meu sustento. Me divulgo, pesquiso, marco ensaios e reuniões. Meu escritório é em casa e sem internet não teria essa facilidade. Eu e muita gente. Umas das vantagens do mundo moderno.

Mas de um tempo pra cá a tal da Net tem me dado muita dor de cabeça.

Tudo começou quando me mudei pra minha casinha há três meses. Comprei o pacote completo, com os canais TV, internet e telefone. Uma verdadeira habitante do mundo dos Nets. Se eu soubesse que pra ser uma Net teria que se sentir lesada e estressada, não teria NUNCA virado uma deles.

Marquei a instalação para um sábado. O técnico chegou no limite da hora marcada, mas chegou. Durante o tempo em que ficou aqui em casa atendeu uns quatro telefonemas de amigos marcando noitada. Entre um amigo e outro, reclamava da profissão e ainda se gabava de não cumprir a sua próxima e última visita daquele dia. Um profissional daqueles. Quando chegou o momento de instalar o ponto de internet, disse ser inviável a instalação no local escolhido por mim, meu escritório. Disse que “a fiação não passa”. Eu, já insatisfeita com o atendimento e louca pra terminar aquela visita, concordei em instalar a internet na minha sala. Depois eu resolvo, pensei.
Dias e dias depois de trabalhar desconfortavelmente na sala, adaptando almofadas para proteção traseira, usando uma internet pra lá de lenta (não consigo anexar nenhum arquivo e demoro horas pra baixar qualquer vídeo que seja leve ou pesado) eis que encontro o dono do meu apartamento e amigo, Renato Albuquerque, que me dá a seguinte informação: “a vida toda usei a Net no meu escritório. O técnico deve ser ignorante no tema, porque já está tudo engatilhado para a instalação”. Aí começou a novela:

Liguei pra Net com toda calma do mundo informando o erro do técnico e pedindo mudança de ponto. Marcaram a visita pra dalí 10 dias. Esquematizei minha vida para estar na hora marcada. E eu estava lá, o tal técnico nada. Engoli minha raiva e tentei remarcar, uma vez, duas, três. Ou "caía" a ligação depois de horas explicando o caso ou “não tem data disponível, quer um encaixe?”. Puta que pariu! Desculpe, mas só assim pra entender minha íra! Porque já virou pecado esse sentimento que tenho dentro de mim. Tentei manter a calma, afinal essa raiva não resolve a questão e só me faz mal. Respirei muitoo - Ioga é ótima também nessas horas - Então, depois de muito tentar consegui remarcar pra dois dias pra frente, finalmente, a tal visita. Mais um dia me adaptei ao horário do mundo dos Nets e estava em casa na hora marcada. O tal técnico...nada. O que acho mais surreal é que não dão qualquer explicação!! Respirei fundo e liguei mais uma vez, só que dessa vez teclei a opção “cancelar assinatura”. Estava disposta a cancelar alí mesmo, no ato. Só que fui atendida por um profissional super atencioso e preparado, o Leandro Genuário, e com meus 15 protocolos de reclamação, me ofereceu mais um e junto com ele a “sua palavra: ”o técnico estará na sua casa em dois dias pra resolver, de vez, o problema". Acreditei. Hoje SERIA o dia. Adiei meus compromissos, mais uma vez, para estar em casa na hora marcada. E nada. Nada. Aí eu te pergunto: “Quem é Net? Quem autoriza uma empresa do tamanho dela fazer propaganda enganosa? Quem fiscaliza essas empresas? Pra quem a gente reclama? Qual a garantia que tenho que resolverão o problema que eles plantaram? E seu eu atrasar o pagamento, atrasarão o corte do serviço ou remarcarão um “encaixe” para cortarem o serviço? E se eu resolver processar será que o desgaste físico, os compromissos desmarcados e a saúde gasta com estresse serão ressarcidos?