tag:blogger.com,1999:blog-1985263793590439762024-02-20T18:09:33.388-08:00Julia SabugosaUm blog é sempre bom para expressarmos felicidade, raiva, ira, saudades, prazeres da vida, emoções vividas e coisas mais que só nós sabemos de nós. Por isso resolvi criar um. Seja bem vindo.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.comBlogger123125tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-27604193739675463552012-11-08T06:19:00.000-08:002012-11-08T06:25:55.329-08:00Vida de Artista<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-DCEBpZooAknJiL2D1b18HAp6BV5WXfcyMurKR7o_SdGBD5I2cQEwZZktr8ZdVA_WmelnmCGgy-PEe0ynORXfLk7WnRxWfbxXdQzklDS82aJ8Bg-yzFxDNptrY7lWjuXApacZwiikPFo/s1600/TANTU+DE+ARTE-foto.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="320" width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-DCEBpZooAknJiL2D1b18HAp6BV5WXfcyMurKR7o_SdGBD5I2cQEwZZktr8ZdVA_WmelnmCGgy-PEe0ynORXfLk7WnRxWfbxXdQzklDS82aJ8Bg-yzFxDNptrY7lWjuXApacZwiikPFo/s320/TANTU+DE+ARTE-foto.jpg" /></a></div><br />
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"Os artistas são as pessoas mais motivadas e corajosas sobre a face da terra. Lidam com mais rejeição num ano do que a maioria das pessoas encara durante toda uma vida. <br />
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Todos os dias, artistas enfrentam o desafio financeiro de viver um estilo de vida independente, o desrespeito de pessoas que acham que eles deviam ter um emprego a sério e o seu próprio medo de nunca mais ter trabalho. <br />
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Todos os dias, têm de ignorar a possibilidade de que a visão à qual têm dedicado suas vidas seja apenas um sonho. Com cada obra ou papel, empurram os seus limites, emocionais e físicos, arriscando a crítica e o julgamento, muitos deles a ver outras pessoas da sua idade a alcançar os marcos previsíveis da vida normal - o carro, a família, a casa, o pé-de-meia. Por quê? Porque os artistas estão dispostos a dar a sua vida inteira por um momento - para que aquele verso, aquele riso, aquele gesto, agite a alma do público. <br />
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Artistas são seres que provaram o néctar da vida naquele momento de cristal quando derramaram o seu espírito criativo e tocaram no coração do outro. Nesse instante, eles estão mais próximos da magia, de Deus e da perfeição do que qualquer um poderia estar. E nos seus corações, sabem que dedicar-se a esse momento vale mil vidas " <br />
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David AckertJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-56007781059635387692012-05-27T16:54:00.001-07:002012-05-27T16:56:11.440-07:00Receita de viver, por Carlinhos Oliveira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjumWT7ELblkMHuEleo_1DPa9vLgJHqwctojfOh_kVtuvYl4sSrGhbx-mnYYoxzAd6DGxadLqT4PurjAQ9kce-zS4yfbfNUzlrAjIRCV50W5BhDoPAugd7WtJdNr2wXNnjv44nF9d0w4I0/s1600/RiodeJaneiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="206" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjumWT7ELblkMHuEleo_1DPa9vLgJHqwctojfOh_kVtuvYl4sSrGhbx-mnYYoxzAd6DGxadLqT4PurjAQ9kce-zS4yfbfNUzlrAjIRCV50W5BhDoPAugd7WtJdNr2wXNnjv44nF9d0w4I0/s320/RiodeJaneiro.jpg" /></a></div><br />
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"Para viver bem é preciso chegar aos 30 anos com a satisfação de se ter permitido todas as loucuras imagináveis na juventude. E só freqüentar os amigos que suportam os nossos defeitos.<br />
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Recomenda-se também uma boa gargalhada, à sós, no momento de se erguer da cama: “Quanta bobagem tenho feito neste mundo! Quá, quá, quá!” A serenidade imperturbável conduz ao fanatismo, e este dá câncer.<br />
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Nenhuma preocupação burguesa ou pequeno-burguesa, como por exemplo o medo de perder o emprego ou os bens; nenhuma ambição material, fora as indispensáveis (casa, comida, roupa lavada), ou então que seja gratuita: juntar dinheiro para algum dia comprar um iate ou passar dois anos zanzando pela Europa.<br />
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Nunca ferir uma mulher a ponto de fazer-se odiado por ela. O homem inteligente é o que sabe transformar antigos amores em sólidas amizades.<br />
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Estar sempre em condições morais de perder tudo e começar tudo outra vez. Interessar-se por tudo, principalmente por aquilo que não nos diz respeito. Amar apenas uma mulher de cada vez. Dizer sempre a verdade, seja qual for e doa a quem doer. Conhecer um por um os nossos defeitos, curar-se dos que não são naturais e cultivar aqueles que mais nos agradam.<br />
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Evitar ao máximo o paletó e a gravata, os chatos que falam no ouvido, as mulheres que resolvem tudo pelo telefone, os bêbados que mudam de personalidade quando lúcidos, os vizinhos muito prestativos e todo papo do qual participem mais de três pessoas.<br />
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Longa caminhada solitária pelo menos uma vez por semana. Não discutir preços — é melhor ir embora sem comprar. Não guardar ódios a ninguém. Dormir oito horas e, acordando, continuar na cama enquanto puder. Recusar-se terminantemente a beber uísque que não seja escocês legítimo, preferindo a cachaça como alternativa. (Isto vale apenas para quem gosta de beber e bebe freqüentemente, como é o caso do autor dessa receita. Neste caso, a aceitação de qualquer bebida é moralmente inquietante, pois atravessa a fronteira que separa o prazer do vício.)<br />
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Ser condescendente com o comportamento sexual dos outros. Tentar compreender cada pessoa, evitando julgá-la. Saber exatamente o momento em que os amigos gostariam de estar sós. Ter caráter bastante para reconhecer as qualidades positivas de um eventual inimigo. Treinar, como quem faz ginástica, para ser sinceramente modesto. Saber contar com irreverência histórias em que faz papel de bobo, e que tenham acontecido realmente.<br />
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Viver tão intensamente que possa dizer à morte, quando vier: “Já veio tarde.”"<br />Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-79885425017441901412012-04-27T19:06:00.001-07:002012-06-05T19:11:31.603-07:00Indico, feliz e apaixonada.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6qqZeSXYlZnCkEGx8yDRpf6mz7NIecpmRFoh0jQX0JRztp097uJhTkvtHBCtLmJNv1iPMehUH8moT-SZUy7kW2oMMR2EEF0H-noH5pZZagoSwVZ1Gai3JQIFDH1V9ZCfhzG0-rujKrh8/s1600/metodo_destaque.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="160" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6qqZeSXYlZnCkEGx8yDRpf6mz7NIecpmRFoh0jQX0JRztp097uJhTkvtHBCtLmJNv1iPMehUH8moT-SZUy7kW2oMMR2EEF0H-noH5pZZagoSwVZ1Gai3JQIFDH1V9ZCfhzG0-rujKrh8/s320/metodo_destaque.jpg" /></a></div><br />
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Estava bem curiosa. Adoro tema Jung e Freud.<br />
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Acabei de assistir o último filme do David Cronenberg. Filmaço! Se chama "Método Perigoso" e está em cartaz <br />
no Brasil e no mundo. Não é o primeiro nas bilheterias. Acredito que seja porque o mundo não está muito a fim de refletir sobre nós mesmos, seres humanos, ou porque nem pensamos sobre isso. Porque posso afirmar que as atuações, roteiro, música, fotografia, cenografia, figurino e direção, são bem caprichados. Então só posso constatar que o tema seja "intelectualizado demais" pra ser recordista de bilheteria. Entendo e não recrimino. Mas não é por isso que deixaria de indicar. <br />
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O filme fala de uma relação real sobre dois grandes mestres da psicanálise mundial, Freud e Jung. Nele aborda o fato de que toda e qualquer relação com conflito existente, tem referência com nossa infância reprimida sexualmente ou com nossas relações sexuais. Ou com as relações sexuais ainda não existentes. Mas que o sexo está sempre presente, está. Mesmo que inconscientemente. Mesmo, não. <br />
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Assisti o filme sozinha. Como gosto de fazer. O filme me tocou porque fala abertamente de um tema muito difícil de ser lidado: sexo. Por mais liberal ou amante do sexo que sejamos, sempre há uma certa "trava". Ou trava, mesmo. Sem aspas. Se nasce uma menina, a questão é: "não vai namorar antes dos 15". Se nasce um menino é: "já tem quinze anos e ainda é virgem?". A questão sempre é presente. Indepentende da raça e religião. Dois filhos de sexo oposto nunca serão criados da mesma maneira quando o tema é sexo. Não pelas suas personalidades, mas pelo seu sexo. Fato. Os meninos crescem tendo que aprender a "segurar" o gozo e as meninas crescem tendo que reaprender (porque está na natureza do ser vivo) a gozar. <br />
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O filme é um romance lindo. Que me tocou muito. O texto final diz: "As vezes as pessoas tem que fazer algo imperdoável.. só pra poder continuar vivendo". <br />
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Indico, feliz e apaixonada.<br />
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<br />Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-89773055088677206832012-03-19T11:04:00.002-07:002012-03-19T11:07:38.012-07:00Pra que serve uma relação?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAYHfejA30Gs35C69-FIwUogW_mvSyYCOzj7ps1KA_khOpJrgpAnPru0PPN_aGpu9uEBI7nXxZ4sXuSDzCrGa2lSgEFyxgaVR2UtYLWTVqd_PalOfyoen3UMUlqk6DlcZfQH2gd2Cklw4/s1600/Amor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 236px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAYHfejA30Gs35C69-FIwUogW_mvSyYCOzj7ps1KA_khOpJrgpAnPru0PPN_aGpu9uEBI7nXxZ4sXuSDzCrGa2lSgEFyxgaVR2UtYLWTVqd_PalOfyoen3UMUlqk6DlcZfQH2gd2Cklw4/s320/Amor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5721671446552077810" /></a><br />"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil.<br /><br /><br /><br />Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. <br /><br />Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma armadilha.<br />Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.<br /><br />Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.<br /><br />Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.<br /><br />Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.<br /><br />Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair. <br /><br />Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.<br /><br /><br />Obs.: Olha, tenho a sorte de ter uma relação assim."<br /><br />Drauzio VarelaJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-69036385056896962252012-02-08T11:51:00.000-08:002012-02-08T11:54:15.293-08:00Baleia ou Sereia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPFhzbs-HcV9ExC-w9YNz2WCZCd1UfSgAV_gOUxdvDCcQIemag_bemo6oAnGMKieQ2LlfnjeBNo7bLUcLSFlwzGwPkND1W97JyxWVnIM_hjJf75sWXR11dFDgttRQlaLQVBcptYequkSo/s1600/GordinhaLinda.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPFhzbs-HcV9ExC-w9YNz2WCZCd1UfSgAV_gOUxdvDCcQIemag_bemo6oAnGMKieQ2LlfnjeBNo7bLUcLSFlwzGwPkND1W97JyxWVnIM_hjJf75sWXR11dFDgttRQlaLQVBcptYequkSo/s320/GordinhaLinda.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706855096353718658" /></a><br /><br /><br />A academia Runner criou um outdoor que perguntava o seguinte: <br /><br />"Neste verão, você... quer ser sereia ou baleia?";<br /><br />Uma mulher enviou a sua resposta, distribuindo o seguinte e-mail por aí:<br /><br />“ Ontem, vi um outdoor da Runner, com a foto de uma moça escultural de biquíni e a frase: “Neste verão, qual você quer ser?”<br />Sereia ou Baleia?<br />Respondo:<br />Baleias estão sempre cercadas de amigos.<br />Baleias têm vida sexual ativa, engravidam e têm filhotinhos fofos. Baleias amamentam.<br />Baleias nadam por aí, cortando os mares e conhecendo lugares legais como as banquisas de gelo da Antártida e os recifes de coral da Polinésia.<br />Baleias têm amigos golfinhos. Baleias comem camarão à beça.<br />Baleias esguicham água e brincam muito.<br />Baleias cantam muito bem e têm até CDs gravados. Baleias são enormes e quase não têm predadores naturais.<br />Baleias são bem resolvidas, lindas e amadas.<br />Sereias não existem. Se existissem viveriam em crise existencial: “Sou um peixe ou um ser humano?”<br />Sereias não têm filhos, pois matam os homens que se encantam com sua beleza. São lindas, porém tristes e sempre solitárias...<br />Runner, querida, prefiro ser baleia!"Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-65503898561014635352012-01-31T05:22:00.000-08:002012-01-31T05:24:05.509-08:00Palavras sábias de um sábio artista."Andando há mais de 40 anos por este país, catando dinheiro para levar pra casa, eu aprendi a acreditar. Acreditar na terra, no homem, na chuva, na benção, na semente, no fruto, no coração, na mente… na inteligência. Aprendi com o meu povo que quando uma coisa está muito séria, o melhor que se faz é brincar com ela. <br /><br />E naquelas tardes terríveis, sozinho num quarto de hotel esperando a hora do show, eu comecei a desenhar o país dos meus sonhos. Um país onde cada lavrador tenha um par de bois para puxar seu arado e que de tarde, ao voltar para casa, encontre um par de filhos o esperando e à noite, quando for dormir, tenha um par de pernas para amar. No país dos meus sonhos, todo pobre vai comer, todo hospital terá remédios, todo aluno terá colégio, todo professor ganhará um salário decente e todo policial apenas prenderá os bandidos, em vez de os ajudar a matar e a roubar. No país dos meus sonhos todo cego vai ver, todo surdo vai ouvir e todo mudo vai ver e ouvir coisas tão lindas que nem será preciso dizer nada. No país dos meus sonhos a integração do homem com a natureza será tanta que eu chego a imaginar uma árvore dizendo a um homem: “Você me tratou tão bem, foi tão legal comigo, que eu gostaria de me transformar na mesa da sua casa, nas cadeiras onde sua família sentará, no berço do seu filho”.<br /><br />No país dos meus sonhos o homem branco, afinal, vai descobrir que o coração do negro é do tamanho do seu e o sangue da mesma cor. O país dos meus sonhos um dia será verdade. E ele será tão feliz que nem vai precisar de mim para fazer rir um pouco. Não faz mal. Eu perco o emprego, mas não perco o sonho." (Chico Anysio)Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-51607915997816467072011-11-06T17:31:00.000-08:002011-11-07T08:16:59.908-08:00O Palhaço?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl9fysuo32eAoqjJkFbCSP4A20NEUm3N85bA-xU1rPUrcicAqlRO8xAOJsRNpjR_LQwnb97O6ubbdgU-5tNaBg8x-KHWAduDBbVKsvWAJkwsBLmbtMZc7J3poQKVGQvREPVUt5fogtpz0/s1600/palhaco.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl9fysuo32eAoqjJkFbCSP4A20NEUm3N85bA-xU1rPUrcicAqlRO8xAOJsRNpjR_LQwnb97O6ubbdgU-5tNaBg8x-KHWAduDBbVKsvWAJkwsBLmbtMZc7J3poQKVGQvREPVUt5fogtpz0/s320/palhaco.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672070139239640210" /></a><br /><br /><br />Quando soube que Selton Mello estava rodando o longa "O Palhaço", no ano passado ou início desse ano (já não me lembro ao certo) fiquei atenta. Sabia que algo bom viria. Primeiro pelo tema "circo, palhaço brasileiro". Me encanta a magia do palhaço. Segundo pelo Selton. Pela dedicação que ele tem pela profissão. E pelo carinho que ele tem como seu elenco, sabia que o capricho da equipe seria unânime. Foi assim no seu primeiro longa "Feliz Natal". Sabia que não seria diferente nesse. Com a diferença que no primeiro longa, Selton fez um filme escuro, com uma trilha linda (Plínio Profeta), porém amargurada. Contando uma história provável, mas "deprê". Não tão diferente do "O Palhaço", mas diferente.<br /><br />Deixa eu explicar:<br /><br />O filme conta a estória de um palhaço triste (Selton), filho de um palhaço (brilhante Paulo José) orgulhoso da arte. Vivem do circo e se apresentam pelo interior do país alegrando cidades e famílias, com uma trupe divertidíssima. A seleção desses atores é algo comparável a Fellini. TODOS estão maravilhosos. Álamo Facó, Cadu Fávero, a divertidíssima Fabiana Karla, Teuda Bara, do Grupo Galpão (aplausos de pé), Ferrugem (Sensacional essa escalação!), Jorge Loredo (Eterno Zé Bonitinho), Moacyr Franco (Deslumbrante delegado corrupto), Tonico Pereira (Ator genial), Emílio Orciolo (Digno de prêmio, esse menino), Eron Cordeiro (Ótimo!)entre outros incríveis atores. Tudo isso em cores lindas e uma fotografia impecável.<br /><br />A trilha do Plínio Profeta é bárbara. Uma pesquisa linda e emocionante, foi feita. As músicas te levam à sensações extremas. Do choro ao riso. Literalmente. Um deslumbre.<br /><br />O que me encanta no longa é a forma como foi roteirizado, dirigido, gerado. O filme tem tiradas ótimas, dirigidas com um certo "descaso" (na melhor forma que essa palavra possa significar), que nos aproximam do momento-piada. Eu ria e conseguia visualizar o momento da piada na cena. Pareciam realizadas no set. Entende? Eram momentos leves dentro de uma estória não leve. Assim como é a vida. Ninguém é totalmente feliz, nem totalmente triste. E isso foi passado no filme. Tornando real aquela estória. Poderia ser de qualquer um. Independente da profissão. É a história de qualquer um. Em um momento ela é a minha história. <br /><br />Mas o que me deixa triste é que o Brasil ainda não se acostumou a valorizar o que é nosso. Infelizmente ainda não. Porque se esse filme fosse Americano, ou até Argentino, estaria no topo das bilheterias. Ainda dá tempo de chegar lá, hein? Fica a dica.<br /><br />Assista e me conte.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-57821371289751082102011-10-03T11:36:00.000-07:002011-11-06T17:31:11.674-08:00Nós, atores brasileiros<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHYTsN2dkgjBHwQDogrUihHMiOQsE7ddlYha168B9oo5NSn15-Hd3VVvVl4hGpYoNqf0YZMcP_sSa7J9sa2AOkSrHP0qvG1pkkuQSQ2wlT5_exqbwraCA5y0VTCLNgEluZBgwuE6Xdv4/s1600/esmola.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHYTsN2dkgjBHwQDogrUihHMiOQsE7ddlYha168B9oo5NSn15-Hd3VVvVl4hGpYoNqf0YZMcP_sSa7J9sa2AOkSrHP0qvG1pkkuQSQ2wlT5_exqbwraCA5y0VTCLNgEluZBgwuE6Xdv4/s320/esmola.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672060313028148530" /></a><br />Dogma do Merda.<br /><br />Prezados atores e dramaturgos; prezados profissionais do teatro:<br /><br />Não vamos mais pedir esmola. Este é um relato de como se encontra o teatro carioca em 2011 e não coloco a culpa no governo, na TV nem nos empresários. A culpa, desconfio e lamento, é do próprio “povo do teatro”. E não estou falando da culpa cristã, essa que promete um Salvador e o caminho dos céus, eu me refiro a sua responsabilidade como artista pelos rumos da sua profissão.<br /><br />Era uma vez um povo que se acostumou a trabalhar de graça, a viver de favor, a ser submisso. Um povo que foi domesticado a receber sempre com muita gratidão e humildade aquele apoio, o prato de comida na noite de estreia, um desconto camarada durante a temporada. Infelizmente, esse povo que trabalha (e muito!), se acostumou a se nivelar por baixo.<br /><br />Era uma vez um povo crítico, observador, treinado a perceber cores na realidade que escapam aos olhos da maioria de seus irmãos. Esse povo, com antenas conectadas naquilo que parece imperceptível, e capaz de produzir questionamentos sobre nosso jeito de ser e de se comportar, esse povo então batizado como “artista”, é muito preguiçoso.<br /><br />Era uma vez um monte de gente jovem, com seus vinte e poucos anos, trinta e poucas primaveras de sonhos, utopias e necessidades de transformar o mundo. Essa é a história de um povo criativo, bastante egocêntrico mas muito criativo, que nasceu inspirado a interpretar nossa existência e mostrar para o restante do “povo comum” que nas entrelinhas da vida existe drama, existe fantasia e que o nosso combustível para viver é o conflito.<br /><br />Gostaria de contar para vocês a história de um povo apaixonado pelo que faz. Que tem dificuldade em enxergar na própria profissão um trabalho, que sobe no palco pela primeira vez cheio de ideologias e discursos prontos, que se sente ofendido e muitas vezes surpreso quando é pago pelo que faz. Pelo que ele faz muito bem.<br /><br />É a fábula de um povo muito bacana e gentil que não deixa de prestigiar os amigos. De um povo que lota todos os teatros e que mesmo sabendo das dificuldades em se levantar um espetáculo, criou o “convite amigo”. Para que ele próprio, o “povo do teatro”, não reconheça o valor de seu trabalho. Ou para que não enfrente o pior dos pesadelos: uma plateia vazia.<br /><br />O povo do teatro quer trabalhar a todo custo. Alega que é movido pela paixão. Trabalha não por compulsão ou doença, mas por uma necessidade política muito fundamental do ser humano: a vontade incontrolável de falar. De compartilhar. De perguntar sem a obrigação de responder. Alguns consideram-se mais especiais que os outros e ao invés da generosidade, disseminam vaidade. Outros, por não se sentirem tão importantes assim, por falta de vaidade, desistem no meio do caminho.<br /><br />Quantos de vocês não conhecem alguém que ficou para trás? Quantos de nós já não pensamos em desistir? Quantos talentos promissores não foram desperdiçados, quantas possibilidades não foram devastadas pela nossa falta de postura e união? Quantas almas criativas não foram enterradas diante da desesperadora e justa necessidade de chegarmos aos 30, 35 anos com um pouquinho de qualidade de vida?<br /><br />O povo do teatro é um povo muito covarde. Covarde porque ele aceita qualquer coisa, porque ele se acostumou a produzir com o medo de não fechar as portas, de não perder os contatos, de não “se queimar”. No entanto, infelizmente, os maiores sacrificados são os próprios artistas. Mesmo quando alguns poucos são beneficiados com o sonho do patrocínio, descobre-se que aquela empresa que fez o favor de “dar o dinheiro para bancar o seu sonho” vai depositar a parcela tão batalhada… um mês depois da sua estreia!<br /><br />Os atores, a ALMA de qualquer espetáculo, e que exceto o público são a única presença verdadeiramente indispensável para que o teatro aconteça, são os últimos a receber. Os dramaturgos, os primeiros a trabalhar sem a menor garantia que um dia verão o seu texto encenado. A culpa não é dos produtores. Inclusive, eles trabalharão oras a fio para inscrever seu projeto na lei, para captar alguma grana por fora, para convencer o empresário que aquilo é bom.<br /><br />Só que estamos caminhando para o colapso. Quando qualquer classe de trabalhadores se sente agredida e desrespeitada, busca-se uma articulação, algum tipo de união e debate, alguma atitude. Os funcionários fazem greve. Assistimos, em poucas semanas, a greve de funcionários da cultura, a greve de professores, a greve de funcionários dos Correios e agora a greve de bancários<br /><br />E os artistas, como se defendem? Como esse povo que é apaixonado pelo que faz entrará em greve com o amor? Vocês serão capazes de paralisar essa energia movida pela paixão, tão cafona, tão vítima e tão melodramática, para assumir o verdadeiro papel de heróis? Serão capazes de se transformar ao longo da jornada?<br /><br />Queremos ser heróis trágicos, vítimas massacradas por escolhas infelizes e por uma batalha desigual com os deuses. Nossa maior desmedida não é o engano; nosso erro trágico é passar por cima e fingir que essas são as regras do jogo. Que é melhor jogar calado do que desistir. Já que para cada um que não trabalha de graça, uma centena trabalhará.<br /><br />Vou apresentar a vocês o “povo da música”. Dizem que eles só entram no processo quando existe dinheiro. Assim como o “povo da técnica”, aquele responsável por operar o som que embala os atores ou a luz que não os deixará no escuro. O povo da música, quando trabalha de graça, exige no mínimo um instrumento para ser tocado. Os atores não. Eles aceitam ensaiar sem espaço adequado, aceitam ensaiar sem os objetos de cena, os atores aceitam não receber. Os atores aceitam. Aceitarão, no futuro, as indicações de alguns diretores despropositados que não sabem o que estão fazendo. Aceitarão o patrocínio que entra com meses de atraso. Aceitarão qualquer trabalho em qualquer constrangedor programa de TV para que possam pagar as suas contas no final do mês. E fazer o seu teatro, graça a Deus.<br /><br />Os cenógrafos serão obrigados a fazer um cenário que caiba numa mala, os figurinistas terão que operar milagres em algum brechó da cidade, os iluminadores terão que ser inventivos usando velas, lanternas e um abajour e todo aquele montante do patrocínio vai pagar o banner, a assessoria de imprensa e sua estreia se resumirá a uma estética que impera no teatro carioca: palco vazio e um banquinho de madeira. Como é que um espetáculo que recebe 200 mil estreia assim? O dinheiro é destinado a pagar os profissionais. E pagar mal. O orçamento fica apertado e sobra muito pouco para o projeto em si. Nosso teatro se resume a uma mala, com toda a ironia que a palavra carrega.<br /><br />Quantos artistas anônimos transbordando de talento, mas cheios de falta de sorte ou sem os devidos contatos, não morrerão sem viver o calor de uma temporada cheia?<br /><br />Povo do teatro! Não vamos aceitar quietos e sermos pagos três meses depois! Aceitar é um verbo antiteatral por princípio. É um verbo que acaba com o conflito. E o que percebemos, angustiados com o povo do teatro, é que temos aceitado tudo com medo, com receio de não trabalhar mais. Não vamos trocar nosso trabalho por um prato de comida nem por um pedaço de pano. Não vamos nos deixar levar pela promessa de pagar nossas contas de janeiro apenas em abril. Ou então, prezado povo do teatro, vamos assumir que somos apaixonados e medíocres.<br /><br />Por falta de união e por pura preguiça, nos tornamos invejosos e recalcados com quem trabalha na TV. Nos tornamos uma classe desesperada que perdeu a classe, que perdeu a fineza de se colocar de igual pra igual com um patrocinador.<br /><br />Quando se é jovem, quando não se é ninguém, é muito bom desfrutar da importância de ser “desimportante”. De não levar os discursos tão à sério e enxergar por trás de um manifesto apaixonado e radical, cheio de inconsequências e desmedidas, um suspiro de sinceridade. E carinho, muito carinho, com esse tal “povo do teatro”. Afinal, se nem todos são do teatro, todos nós somos o povo.<br /><br />Assumir esse desconforto não é uma maneira de dizer que o teatro faliu. Não é um manifesto pessimista. Não é apologia ao “não vale a pena”. É só a história do único povo do mundo que passa fome para alimentar a alma dos outros. Nunca foi tão emblemático gritar “Merda” antes de cada apresentação, mas no pé que estamos, sugiro que o grito seja dado no final, sempre que a plateia estiver vazia.<br /><br />O povo do teatro enfrenta seu maior desafio. Já que ele não é pago, ficou refém do elogio.<br /><br />Dona Heliodora é um personagem de ficção criado por Felipe Barenco e este manisfesto não tem alguma relação verídica com qualquer opinião da célebre crítica Barbara Heliodora. Por favor, não reproduza este texto sem os devidos créditos e esclarecimentos.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-1182822943578417492011-07-25T08:42:00.000-07:002011-07-25T08:43:59.092-07:00Os Monstros Nossos de Cada Dia"A semana começou com a noticia da agressão a pai e filho que estavam abraçados, numa feira agropecuária no interior de São Paulo. O motivo? Os agressores pensaram tratar-se de uma casal homosexual e decidiram dar uma lição aos dois.<br /><br /> <br /><br />Não eram homosexuais, mas vamos imaginar que fossem. Como alguém pode imaginar que tem o direito de espancar dois seres humanos apenas porque eles vivem de forma diferente da dele?<br /><br /> <br /><br />Na sexta feira recebi a noticia dos terríveis atentados na Noruega. Desde que conheci aquele país, em 1975, guardo por ele uma relação especial. Fiquei cativado pela sua natureza ainda crua e poderosa, seus vales e fiordes cavados de forma dramática pelas geleiras de outrora, que hoje deram lugar a braços de mar de aspecto deslumbrante. Sinto-me ligado aquele povo, que é ao mesmo tempo sofisticado e simples, ligado à terra, que sempre me recebeu com um misto de hospitalidade e curiosidade – os brasileiros são muito diferentes dos nórdicos. Volto lá sempre que posso e aos amigos digo que é minha “viagem da alma”, onde vou para satisfazer minha necessidade de estar em contato com a natureza pura.<br /><br /> <br /><br />As notícias e imagens dos ataques me abalaram. Pessoas inocentes, a maioria adolescentes, foram executados por um louco que não aceitava ver seu país recebendo imigrantes praticantes de outra religião. Como é possível alguém, da minha própria espécie, chegar ao ponto de achar que é certo executar inocentes, seja lá por que motivo?<br /><br /> <br /><br />No Sábado pela manhã a noticia da morte de Amy Winehouse. O fato em si, embora triste, é uma tragédia anunciada. Infelizmente já vi isso, várias vezes na minha vida. Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Cazuza são alguns dos nomes que me vêm a mente agora. Pessoas incríveis, que nos conquistaram pela sua grande sensibilidade e que, paradoxalmente, foram vitimados por ela. A sensibilidade que abre as portas da percepção e mostra o caminho da criação, pode também atormentar a alma a ponto de levar a insanidade e a auto destruição. Fico triste com o desfecho, mas é algo que aprendi a aceitar, com serenidade e tenho por essas pessoas um enorme apreço, pela arte maravilhosa que produziram e pelas portas que abriram.<br /><br /> <br /><br />O que me desconcertou no episódio da Amy foram os comentários enviados a jornais e sites de notícias. “Já vai tarde”, “Bem feito”, “Quem procura acha”. Não consigo entender como alguém pode desejar isso a uma pessoa que nunca fez mal a ninguém a não ser a si mesma.<br /><br /> <br /><br />Os dois episódios de violência e as mensagens raivosas por causa da morte da Amy, guardam uma característica em comum: revelam a dificuldade que certas pessoas têm de aceitar e lidar com o diferente. É essa dificuldade que faz com que alguém espanque um homosexual ou se incomode com o modo de vida de um artista e deseje a sua morte precoce. É ela que faz um louco matar inocentes.<br /><br /> <br /><br /> <br /><br />A multiplicidade de caminhos e convicções que a raça humana consegue produzir é algo fantástico. Essa é a característica mais interessante da nossa espécie. Imaginem se fossemos um daqueles bandos de aves que vemos nos documentários sobre a África, em que cada pássaro voa exatamente da mesma forma, na mesma direção e no mesmo momento que os outros. Que pousa quando todos pousam, come quando todos comem, decola quando todos decolam, enfim vivem todos exatamente da mesma maneira. Não teríamos guerras, conflitos e nenhuma desavença, mas nossa vida seria muito pobre e infeliz. A riqueza da nossa existência está em sermos diferentes uns dos outros.<br /><br />Nosso desafio é conseguir que essa diversidade conviva em paz.<br /><br />Semanas como a que terminou parecem nos dizer que estamos falhando nessa missão, mas eu prefiro achar que elas servem para nos alertar, para nos lembrar dos monstros que habitam dentro de nós. Esses tristes eventos nos provam que, a qualquer minuto, a qualquer dia, eles podem acordar. Quando o fazem são muito barulhentos e apavorantes.<br /><br />No entanto, acredito na nossa capacidade de domar monstros. Basta olhar ao redor e todos os dias vejo pessoas de bem, lutando com dificuldades, sempre com um sorriso nos lábios. Vejo uma geração incrível chegando ao mercado. Garotos que trabalham até tarde da noite, com um brilho de alegria nos olhos. Vejo outros criando empresas e projetos, com dificuldade, mas com muita criatividade e empolgação.<br /><br /> <br /><br />Vejo superação e solidariedade. Esperança e sonhos.<br /><br /> <br /><br />Vejo luta e realização.<br /><br /> <br /><br />Vejo muito amor.<br /><br /> <br /><br />Essa é a vida no planeta Terra. Um desafio a cada minuto. Alegrias e sustos andando lado a lado, onde nos cabe a nobre missão de nunca, mas nunca mesmo, desistir ou nos deixar entregar.<br /><br />Boa semana a todos."<br /><br />João FerrerJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-70965442421806551742011-07-13T14:57:00.000-07:002011-07-13T15:02:46.968-07:00Carta para Minha Mãe Amada"Hoje faz 4 anos que dona Ana Sabugosa partiu. 4 anos de vazio, mas 4 anos de crescimento. <br /><br />De uma hora pra outra me vi sem chão, sem aquela que me fazia ter certeza, mas fui em frente. <br /><br />Muita coisa do que ela deixou pra nós todos eu fui descobrindo ao longo desses anos, e acredito que seguirei da mesma forma. <br /><br />Cada dia mais percebo o quanto eu tenho dela e o isso me dá orgulho. Algumas coisas são graças a genética, outras são ensinamentos. Com ela, eu aprendi a cuidar dos amigos, e que com gestos simples a gente pode fazer um bem gigante ao outro. Aprendi também que nada vem fácil, mas desistir jamais.<br /><br />A dor não passa nunca, isso eu já entendi, mas a presença dela não se apaga, continua forte como sempre foi. A família que construiu permanece cada vez mais unida e cheia de orgulho da marca que ela deixou aqui na terra.<br /><br />Saudade enorme!"<br /><br />Lia SabugosaJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-80526048064636838792011-07-12T12:04:00.000-07:002011-07-12T12:35:25.991-07:00Escrever, escrever e escrever<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjri79bgz2gu2BiJdz7R1Ldq9ssATJAZPgBgiOUQZlIbtzPAMHrKzDqPKDqvFlz2ykPlCrYpxU4YfLC-7nqw14TbHdz2axVs4KK4qN4BjCA151UgKQBGe3OWZ8UMpBoYWHFnfuldKBq6So/s1600/writing.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 245px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjri79bgz2gu2BiJdz7R1Ldq9ssATJAZPgBgiOUQZlIbtzPAMHrKzDqPKDqvFlz2ykPlCrYpxU4YfLC-7nqw14TbHdz2axVs4KK4qN4BjCA151UgKQBGe3OWZ8UMpBoYWHFnfuldKBq6So/s320/writing.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5628550209720637266" /></a><br />Sempre gostei muito de escrever. Uma das minhas matérias prediletas no colégio era Redação. Me lembro até hoje do nome da professora. Sônia. Lembro até das mãos dela escrevendo no quadro. Incrível como a memória seleciona as coisas comuns a nós.<br /><br />Durante muito anos escrevi nas minhas agendas. Tinha anos de vida confidenciados em agendas e mais agendas. Eram textos que traduziam em palavras as sensações como a do primeiro beijo, minha primeira paixão, minhas brigas com meus irmãos. Minha vida por alguns anos dentro de agendas. Quando me casei acabei me desfazendo delas. Hoje me arrependo. Não por ter me separado, mas por deixar pra trás parte da minha história.<br /><br />Depois de anos, eu ainda casada, resolvi criar esse Blog. O intuito não me lembro exatamente. Quase não conhecia pessoas com Blogs, mas gostei da idéia de ter um. E acabou dando certo. Tinha um grupo fiel de leitores e aquilo alimentava a minha vontade de escrever. Escrevi textos que até hoje, quando encontro amigos e conhecidos por aí, comentam. Fico muito feliz e orgulhosa. Mas mesmo assim me sinto falha na rotina da escrita.<br /><br />E foi em um momento de busca pela vontade de rotina na escrita que fiz minha inscrição em um curso de “cenas curtas”. Um curso aonde era possível aprender a escrever esquetes, ou seja, cenas curtas. Nelas o diálogo deveria estar presente. Afinal uma cena precisa, principalmente, de diálogo. A não ser que seja um monólogo. <br /><br />As aulas são dadas pela grande Julia Spadaccini. Uma jovem talentosíssima que escreve pra teatro, TV e quadrinhos. Tem um humor maravilhoso e um dom absurdo de ensinar. Com ela aprendi a diferença de escrever para teatro e livros. Aprendi também que precisamos ter paciência quando o assunto é escrever. E principalmente que não precisamos ser geniais para escrever, basta ter vontade e disciplina. Isso sim: disciplina! Com a prática estou gostando mais de mim como autora. Já escrevi mais de 10 textos e pretendo escrever uma peça ainda esse ano. <br /><br />Hoje é um dia muito importante pra mim como autora. Terei minha grande noite de estréia. Minha turma fará uma sessão no Teatro Poeira, aqui no Rio de Janeiro, para lermos alguns textos escritos por nós. Além de ter um texto meu em cena, fui convidada pra ler outros três. Estou bem feliz. Espero que esse seja o passo pra grandes estréias por trás das cortinas, e quem sabe, das telas.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-54911568062529554442011-04-19T16:29:00.000-07:002011-04-19T18:37:58.634-07:00"Amor?"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPM9Fko9j4x23WW4yZ6kLdak_en5QSNW7ksp7FMVbu07jePOXs5WiCnYzvzC7HxRkhJGySnneJl_FlPUfBp34jWhR2DftVGBYC9DSotzDd5iXblIjgsnNr2gUhOaAjXel-6m5P06nAM4/s1600/destrutivo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 260px; height: 194px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPM9Fko9j4x23WW4yZ6kLdak_en5QSNW7ksp7FMVbu07jePOXs5WiCnYzvzC7HxRkhJGySnneJl_FlPUfBp34jWhR2DftVGBYC9DSotzDd5iXblIjgsnNr2gUhOaAjXel-6m5P06nAM4/s320/destrutivo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597441883487597650" /></a><br /><br /><br />Acabo de sair do cinema após assistir o novo filme do diretor, e nesse longa também produtor e roteirista, João Jardim. Me tocou muito. Me vi completamente nos personagens. Que, afinal, não são personagens, são depoimentos reais interpretados por atores. Mas reais depoimentos.<br /><br />São pessoas que viveram “amores” doentios, dependentes, violentos, auto destrutivos.<br />Me tocou por ter dado forma a um relacionamento que vivi há anos atrás e que até hoje, volta e meia, vem a minha mente.<br /><br />Vivi um relacionamento completamente doentio e dependente. Um adjetivo não interfere no outro, mas nesse caso, sim.<br /> <br />Passava por uma fase tremendamente delicada da minha vida. Minha mãe vivia em outro continente e eu vivia com meu pai, irmã e irmão, mas cada um em um quarto e andar da casa. Praticamente em mundos paralelos, independentes um do outro. Esse meu namorado vivia à 50km de mim, por isso (também) eu vivia na casa dele. Ou melhor: da mãe dele. Que vivia com marido, mãe, filha, meu namorado, cachorros e hanmster.<br /> <br />Namorei esse cara por um ano. Foi minha segunda paixão da vida. Eu tinha 20 anos, estava com gás total na profissão quando o conheci. Estudava na CAL e trabalhava muito com eventos. Era independente economicamente, ativa sexualmente e tinha uma carreira, que pra ele, era uma grande ameaça. Um prato feito pra um cara ciumento e uma jovem mulher carente de afeto.<br /><br />Nos conhemos no Club Med, em Angra. Adorava passar os feriados, assim como ele, trabalhando no Mini Club, cuidando, brincando e praticando esportes com as crianças. Além de ser o paraíso para os jovens, pois tínhamos nossa privacidade, nossa grana (uma miséria), não precisávamos gastar em nada por ter tudo que necessitávamos no Club e ainda namorávamos. Romance perfeito. Até que o mundo real nos chamou e o ciúme dele começou a dar seus primeiros sinais de vida. Passei a ficar mais na casa dele, à 50km da minha, saí da CAL, parei de trabalhar e me tornei fraca emocionalmente e economicamente. E quando estamos fracos, qualquer carinho nos faz acreditar que estamos salvos.<br /><br />Namoramos por um ano. Foi um ano muito duro pra mim. Devia ter mais coisas boas, mas agora só me vem a “segurança por estar de volta a uma família”. Eu vivia a vida da família dele e aquilo já me bastava, já que a minha estava desestruturada e fraca. Eu não enxergava que a minha união com os meus me daria força novamente. Simplesmente não acreditava, não via.<br /><br />Até que a força veio depois de uma tremenda “porrada”. Com a ajuda do destino, descobri que o meu namorado, então, havia colhido muitos casos e romances durante nosso um ano de namoro. Ali pra mim estava explicado o porquê de tanto ciúmes. Sumi por uma semana, me muni de força e de amor próprio e dei um basta naquela história.<br /><br />Durante exatos dois anos ele me procurou. Não me deixava em paz. Dizia que se “amava ele teria que perdoar as traições”. Quanto mais ele chorava e pedia perdão, mas crescia a minha força interna e me pedia pra acreditar em mim que tudo iria passar. E passou. Foi duro, mas passou. <br /><br />Depois dele tive alguns namoros rápidos, alguns duradouros e um “casamento”. Hoje vejo e importância de me amar antes de amar o próximo, senão aquele tal amor fica vazio, sem força e se perde. Mais cedo ou mais tarde.<br /> <br />Mas te confesso que durante muito tempo, depois de já ter conseguido dar um basta naquela “doença”, pensava que nunca iria sentir amor igual àquele. Que nada. Aquilo não se chamava amor.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-69730526697519182862011-04-05T06:30:00.001-07:002011-04-05T06:40:52.617-07:00Escrever faz os pensamentos criarem forma.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkR1cj1mwXzP9Wfn8lV_dn0k0fV370Gk9YUCQn6pISzp9qzH7fZ7uKeA8XyEs8iq8Ljxnw-kDR5tvpvn8HYEI2u7ZV838ThecZtpXtBp-BaF3xRGrWU1auC5m-g3jmKkOzZs8izt1MAyE/s1600/escrever-homem.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 249px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkR1cj1mwXzP9Wfn8lV_dn0k0fV370Gk9YUCQn6pISzp9qzH7fZ7uKeA8XyEs8iq8Ljxnw-kDR5tvpvn8HYEI2u7ZV838ThecZtpXtBp-BaF3xRGrWU1auC5m-g3jmKkOzZs8izt1MAyE/s320/escrever-homem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5592093908749545746" /></a><br />Faz algum tempo que não escrevo aqui. Digo "aqui", porque tenho uns 5 textos espalhados entre agenda e cadernos de anotações.<br /><br />Não sei explicar exatamente o que me deixou tão ausente no meu Blog. Mas sei afirmar o que está me trazendo de volta.<br /><br />Os novos textos mostrarão o motivo da volta.<br /><br />Aguarde.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-79729922838419820522010-11-25T14:07:00.000-08:002010-11-25T14:10:07.118-08:00Fora da Ordem"Com os atuais acontecimentos do Rio, vejo muita gente enviando mensagens de SOS para o Capitão Nascimento.<br /><br />Pois é, foram subtrair aos “bandidos” o seu sustento, expulsá-los do seu habitat sem dar nada em troca, nem mesmo uma indenização ou pagamento pelo ponto, deu no que está dando.<br />...<br />Ironias a parte, eu já pressentia que as ocupações das favelas pelas UPPs e expulsão dos comandos de pontos estratégicos dos tráfico no Rio não iam ficar tão baratas.<br /><br />Não só pela perda do negócio pelos chefes das bocas, com todo o prejuízo financeiro somado ao achincalhamento, desmoralização e tom de desafio que isso representa. Mas, acima de tudo, porque há políticos e ricaços no Brasil, na América Latina e nos EUA que não querem perder a teta brasileira do mercado de drogas.<br /><br />E, por trás disso tudo, há o tráfico de armas, que incita e é sustentado pelo das drogas e que inclui, em sua rede, figurões dos altos escalões politicos e econômicos de vários países.<br /><br />É aí que reside a origem de toda essa violência. Se não fossem as drogas, seriam querelas religiosas, disputas de fronteira ou qualquer outro tipo de tensão que pudesse gerar consumo de material bélico.<br /><br />Há aí duas grandes redes que se retroalimentam e vivem do sangue sugado de nossa juventude.<br /><br />Portanto, essa inesperada união das facções do Rio, se está mesmo ocorrendo, a meu ver, é algo orquestrado de cima.<br /><br />Ninguém quer discutir a liberação nem mesmo da maconha, não só por questões morais, de saúde ou ordem religiosa, mas, sobretudo, porque há um lobby de tubarões graúdos contra a discussão do tema.<br /><br />A canalha que organiza esse festim não pretende pagar impostos sobre os seus produtos, É preferivel que o mercado ocorra na clandestinidade, como nos tempos da lei seca americana com seus gangsters elegantes.<br /><br />Aqueles meninos descamisados com armas na mão são apenas o peixe pequeno, a bucha de canhão, os desafortunados buscando reconhecimento e um lugar na sociedade, e que se não é a nossa, que seja uma outra, paralela, por eles soerguida.<br /><br />O que hoje se vê, embora não pareça, é uma luta por um lugar ao sol de pessoas que a civilização branca organizada de forma injusta relegou a um plano inferior, bem inferior.<br /><br />É como tapar um vulcão com tapete, por isso tanta violência.<br /><br />Há um livro do Tarso Genro, escrito nos anos 1980 ou 90 com o título, Socialismo ou Barbárie, inspirado com certeza nos pensamentos da Revista do grupo Francês Socialisme ou Barbarie criado em 1949 por dissidentes trostkistas.<br /><br />Naquele volume, Tarso já previa os atuais acontecimentos.<br /><br />Não há como forjar a construção da identidade de um país nem a identidade individual de cada cidadão conectada ao sentimento de pertencimento a uma nação, excluindo desse processo uma parcela tão significativa de sua população como aconteceu no Brasil e tratando esses excluídos como párias, sufocando as suas possibilidades de participação,represando suas energias produtivas e também sua sede de compensação, de reconhecimento e de satisfação de seus desejos e suas alegrias sem que um dia essas energias represadas acabem por derrubar os diques que as contém.<br /><br />Queremos paz sim, queremos um Brasil melhor, queremos terminar bem esse ano e começar melhor o próximo. Queremos despoluir os rios, resolver os problemas habitacionais, de alimentação, educação, cultura, saúde e transporte. Queremos esporte vitorioso com Copa do Mundo e Olimpíadas seguras e bem sucedidas.<br /><br />Mas esses caras também querem um lugar para viver e precisam, como qualquer pessoa, ter o reconhecimento de seus desejos e de suas individualidades. Querem ganhar bem. adquirir bens, almejam uma ascencão social e muitos a obtém na escalada das hierarquias do tráfico.<br /><br />Essas possibilidades de certa forma, mantinham o crime no Rio sob determinadas regras e portanto não havia uma violência tão disseminada.<br /><br />Mas é lógico que não poderia durar muito tempo uma situação assim, baseada em um mercado ilícito, mesmo que, por trás dos seus mecanismos, opere uma outra rede<br />ainda pior e mais poderosa, com Alvará e endereço postal que é a rede do tráfico de armas, essa sim o foco principal, onde até mesmo agências de inteligência parecem estar envolvidas.<br /><br />Acontece que surgem agora novos interesses que não são compatíveis com o panorama atual e que incluem, entre outras coisas, o futuro promissor do mercado de imóveis que já se anuncia em decorrência dos eventos esportivos vindouros, com uma inevitável visada em direção aos morros onde se encontram as melhores vistas da cidade,<br /><br />É lá que os comandos vem operando nas últimas décadas. E é de lá que agora precisam ser enxotados, dando início a uma provável “limpeza” do terreno.<br /><br />Por isso, uma das primeiras perguntas que me ocorre é:<br /><br />- Onde, em que espécie de aterro, os governos estão pensando em assentar os pobres que hoje habitam as favelas da Zona Sul?<br /><br />Não há como varrer a miséria como fez Lacerda e outros governantes de outrora, jogando os pobres na Baixada, na Cidade de Deus e outras periferias.<br /><br />Hoje o buraco é mais embaixo, a população é maior, mais reativa e encontra-se armada. Talvez haja um erro de avaliação nas estratégias de Cabral, Paes e Lula a esse respeito.<br /><br />Não estou, de forma alguma, colocando- me do lado do crime, mas sim analisando a questão com distanciamento e tentando abordá-la da forma mais ampla possível.<br /><br />O que está acontecendo agora, para os “bandidos” talvez tenha o sabor de uma revolução, mesmo que eles não possuam conhecimento do significado dessa palavra. Mas não esqueçamos que sua organização se deve a orientações recebidas de presos políticos nos anos 60 e 70 do século passado.<br /><br />Aquelas torturas, por todos eles sofridas nos porões da ditadura, de certa forma, também emergem agora. Há toda uma violência gerada e contida que nesse momento quer recair sobre a sociedade que a produziu.<br /><br />É importante ter isso em vista.<br /><br />Mas, o mais importante, a meu ver, são os interesses internacionais, os caras que estão por trás disso e que não sujam as mãos, não vendem, mandam vender, não matam, mandam matar.<br /><br />- Por que será que as informacões da polícia vazam?<br /><br />O Capitão Nascimento pelo qual clamo agora é o do segundo filme. Aquele que nos traz uma conscência maior sobre o que está acontecendo e não apenas o combatente matador.<br /><br />Há que se tratar a questão com energia, mas também há que se pensar em alternativas, em programas para o futuro que não permitam que esse mal continue crescendo.<br /><br />Abro para o debate.<br />Bom dia.<br />Namastê."<br /><br />Antônio VilleroyJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-27831512249494314252010-11-11T05:01:00.000-08:002010-11-11T05:10:33.063-08:00A Morte Nada É.(Acordei saudosa, então postei um texto que Andrea Evora Cals também publicou)<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPPSeATnOUzHYGcznLhAit3w9-1GanV32ObtxvAH1yGNOdmXQJAIKJZDlMStxSEUC6siTwNr8pgkEHjXbROQZOKyAVylW6XLttiLXXBEPgzN2p6kRRH3xGsmM12P75bDQAnHo6YKK-lHU/s1600/saudades01.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPPSeATnOUzHYGcznLhAit3w9-1GanV32ObtxvAH1yGNOdmXQJAIKJZDlMStxSEUC6siTwNr8pgkEHjXbROQZOKyAVylW6XLttiLXXBEPgzN2p6kRRH3xGsmM12P75bDQAnHo6YKK-lHU/s320/saudades01.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538278647739567266" /></a><br /><br />"A morte nada é.<br />Eu apenas estou do outro lado.<br />Eu sou eu, tu és tu.<br />... Aquilo que éramos um para o outro<br />Continuamos a ser.<br />Chama-me como sempre me chamaste.<br />Fala-me como sempre me falaste.<br />Não mudes o tom da tua voz,<br />Nem faças um ar solene ou triste.<br />Continua a rir daquilo que juntos nos fazia rir.<br />Brinca, sorri, pensa em mim,<br />Reza por mim.<br />Que o meu nome seja pronunciado em casa<br />Como sempre foi; Sem qualquer ênfase, Sem qualquer sombra.<br />A Vida significa o que sempre significou.<br />Ela é aquilo que sempre foi<br />O "fio" não foi cortado.<br />Porque é que eu, estando longe do teu olhar,<br />Estarei longe do teu pensamento?<br />Espero-te, não estou muito longe,<br />Somente do outro lado do caminho.<br />Como vês, tudo está bem."<br /><br />Henry Scott HollandJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-15467604975019886662010-11-08T14:48:00.000-08:002010-11-08T14:53:21.977-08:00INTERCONTINENTAL<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCY5tmqgaKC6QbghyphenhyphenDikTXlnpvobHAUn1TR3UawKSiaBB_J1LXPZfYhivZBzRxlWh60Z6zyaeVTKd3I28Xwpm0foyVwZctHJpyQX5uIao7J8ZY0c304ty1BKHfPmWpA5Je8Gbap-ph5XM/s1600/PerdeuPreyBoy.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 278px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCY5tmqgaKC6QbghyphenhyphenDikTXlnpvobHAUn1TR3UawKSiaBB_J1LXPZfYhivZBzRxlWh60Z6zyaeVTKd3I28Xwpm0foyVwZctHJpyQX5uIao7J8ZY0c304ty1BKHfPmWpA5Je8Gbap-ph5XM/s320/PerdeuPreyBoy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537315705283346850" /></a><br /><br />"A burguesia foi invadida, ameaçada,<br />Assustada<br />Pelas ratazanas da favela.<br />Traficantes possantes armados, irados<br />Usurpando o protegido hotel<br />Dos burgueses,<br />Fugindo das leis corruptas<br />Sustentadas pelo capital,<br />Igualando-se no igual, maior até,<br />Por terror mostrado de poder,<br />Fazer como quiser, ser mais<br />Em horror da imposta verdade;<br />Paralela guerra<br />Nos comandos criados vermelhos<br />Pelos antigos artigos, atos militares<br />Por época de chumbo<br />E que hoje,<br />Os novos comprados eleitos governos, de joelhos,<br />Rezas, acordos, guerras, extermínio,<br />Piora<br />Com a miséria, desgraçada declarada diferença;<br />Fome, fobia, prostituição, tráfico,<br />Vapor, avião, endolador, boqueteira,<br />Favelada criada<br />Maravilhosa, na cidade brasileira.<br /><br />A burguesia foi invadida, ameaçada,<br />Assustada<br />Pelas ratazanas da favela<br />Armada, parda, mostrada na cara; cara a cara,<br />Granada, traçante, rasante, perdida,<br />Flagrante que não vale nada<br />O jornal, demagógico falso dito<br />Feito<br />Em milionária propaganda demais, a eles, donos senhores do esquema.<br />Não!<br />Quanto mais matam, mais vêm;<br />Quanto mais enganosos paternalizam, mais querem.<br />É a sarna oposta da ruína do sistema.<br />O câncer, póstumo verme próximo;<br />Medo, ostra, nojo, férvido inferno.<br />O desperdício viu a fome;<br />O nada tem com o tudo quer, consegue, oprime, consome.<br />Quanto vale sua vida,<br />Burguesia invadida?"<br /><br /><br />Luiz Carlos Barros CaldasJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-43827706107228528462010-09-30T07:28:00.000-07:002010-09-30T07:36:31.340-07:00Meu gêmeo na Korea<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjScaJLKMgqTsd7H0RRT7VLUdlKX5f2MY09cV7B1-RPT6yvaItvZsoBbs596P_K2VxOAk6uhluJFgPhNHoYOoZrgYDboYGQPph6Ucq0zcxjSvecV7lJGVT775czfRyKZjst7_ECvML62BA/s1600/data=LtgX-e3f8ctI3U5dJtbt7EJ1ZfRneYme,FD_adnNLf7SikhIvjXLi6JkIIIaXhliCRtulK3D0v_S1HFWyHBN9ofd3G4-eOnzP1hEb8ybO_pu-VYryy7m7pYU.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 253px; height: 130px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjScaJLKMgqTsd7H0RRT7VLUdlKX5f2MY09cV7B1-RPT6yvaItvZsoBbs596P_K2VxOAk6uhluJFgPhNHoYOoZrgYDboYGQPph6Ucq0zcxjSvecV7lJGVT775czfRyKZjst7_ECvML62BA/s320/data=LtgX-e3f8ctI3U5dJtbt7EJ1ZfRneYme,FD_adnNLf7SikhIvjXLi6JkIIIaXhliCRtulK3D0v_S1HFWyHBN9ofd3G4-eOnzP1hEb8ybO_pu-VYryy7m7pYU.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522713924305833346" /></a><br />"Familia,<br /> <br />Estou em Seul. Acabou que viemos direto pra ca, com uma parada de poucas horas no aeroporto de Londres pra conexao. O voo estava indo bem, sem turbulencia, ate que faltando 4 horas pra pousar em Seul uma mulher que estava sentada na poltrona atras da minha morreu. Isso mesmo, a mulher morreu. Os coreanos sao tao discretos que nao percebi nada de estranho ate que me levantei pra ir ao banheiro e a mulher estava deitada no chao e a tripulacao a sua volta fazendo massagem cardiaca, bombeando ar e etc. Foram uns 30 minutos de tentativas de reanimacao ate que enrolaram o corpo com aquelas mantinhas do aviao e voamos o resto do percurso com um cadaver no chão da cozinha. O café da manhã foi servido normalmente e quando pousamos um médico entrou no avião pra atestar o óbito. Preferia a turbulência...<br /> <br />O fuso é cruel. 12 horas de diferenca se sente. Um cansaco diferente. Mas consegui dormir, ontem e hoje. Acordei nas duas noites as 3 da manhã mas consegui voltar a dormir. O hotel é um episódio à parte. Se chama W Hotel. Dá uma pesquisada na internet. É super moderno, super luxuoso. A decoracao é futurista. Me lembrou LOST IN TRANSLATION. Hoje de manha nadei na piscina e me senti meio Bill Murrey. Me deram uma touca preta e uns chinelos trasparentes. O ingles deles é bastante limitado e abre espaço para mal entendidos. Engraçado.<br /> <br />Ontem dei uma volta pela cidade. Conto melhor no proximo e-mail. Hoje darei mais uma.<br /> <br />Nao sei se vai rolar Londres na volta. Eles so conseguiram reserva pra gente voltar na segunda feira que vem, daqui. Se eles conseguirem antecipar pro sabado, passo dois dias em Londres, senão acho dificil. Não posso mais faltar aula no meu curso senão perco o semestre. Infelizmente. Queria muito voltar a Londres, e estarei no aeroporto deles. Enfim...<br /> <br />O Eike chega aqui hoje a noite. To curioso pra saber como é o esquema dele. O cara ta na lista das 10 pessoas mais ricas do mundo. Se nao me engano ele é o setimo. Deve ser muito interessante ver como essas pessoas funcionam, de perto.<br /> <br />Beijos,<br /> <br />Felipe."<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0QecdshvIwdYehiqOYe_I7dD7V3a1G4j6IvBGPxmylyFNr4A0WxcNt2nhN4YC44ywOUMo9ue3TKlIXeF4bWncJjwGvrtIWx1WbgvvL8TGcmIlIca0Cfmb-gGBfEuhwgbqNtHImwlrJbQ/s1600/298010636_0239e2be49_b.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 206px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0QecdshvIwdYehiqOYe_I7dD7V3a1G4j6IvBGPxmylyFNr4A0WxcNt2nhN4YC44ywOUMo9ue3TKlIXeF4bWncJjwGvrtIWx1WbgvvL8TGcmIlIca0Cfmb-gGBfEuhwgbqNtHImwlrJbQ/s320/298010636_0239e2be49_b.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522714637267631730" /></a>Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-55507347708550830332010-09-27T07:01:00.000-07:002010-09-27T07:05:04.574-07:00Quero apenas cinco coisas..<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxyo_sHu0ar9z7k0PPX-F5NQOcqCxt2dYdqvgkzh82vpfyU2VdqaBwAxDOJKcgnk208xTFwyusbskwywK386pikOLsnMvVuZoSl_dpPF10wOChSs8ED9BY7tkZdo3au2EXqCPTzcu_Yo4/s1600/images.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 194px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxyo_sHu0ar9z7k0PPX-F5NQOcqCxt2dYdqvgkzh82vpfyU2VdqaBwAxDOJKcgnk208xTFwyusbskwywK386pikOLsnMvVuZoSl_dpPF10wOChSs8ED9BY7tkZdo3au2EXqCPTzcu_Yo4/s320/images.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521593753576635442" /></a><br /><br /> "Primeiro é o amor sem fim<br /> A segunda é ver o outono<br /> A terceira é o grave inverno<br /> Em quarto lugar o verão ...<br /> A quinta coisa são teus olhos<br /> Não quero dormir sem teus olhos.<br /> Não quero ser... sem que me olhes.<br /> Abro mão da primavera para que continues me olhando."<br /><br /> Pablo NerudanaJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-46589303807930219612010-09-15T10:41:00.000-07:002010-11-10T08:47:35.929-08:00Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthnTC7Kuhyx2P9-ijHNgzUKArV8sxlGYswc_-Li54NWVl_RIGKRXZUXy20Z9RlV-iOHEqRH4pPl_0xW1ETRnM3tH6Ip2Yw6b_p24bTVSkVFgvv7Kpat2mZKKeeQCTyBrUCIc_5k9BfAY/s1600/Cuide-bem-do-seu-amor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 318px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthnTC7Kuhyx2P9-ijHNgzUKArV8sxlGYswc_-Li54NWVl_RIGKRXZUXy20Z9RlV-iOHEqRH4pPl_0xW1ETRnM3tH6Ip2Yw6b_p24bTVSkVFgvv7Kpat2mZKKeeQCTyBrUCIc_5k9BfAY/s320/Cuide-bem-do-seu-amor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517224953035494290" /></a><br /><br />"Cirurgia de Lipoaspiração?<br /><br />Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem apontar nem acusar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideial é muito menos lipo-as e muito mais piração?<br /><br />Uma coisa é saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enloqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual, é malhação.<br /><br />Amor é cafona. Sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.<br /><br />Gordura é pecado mortal. Gordura é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.<br /><br />A máxima moderna é uma só: pagando bem que mal tem?<br /><br />A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medida e beleza. Nada mais importa. Não importa os sentimentos, não importa a cultura, sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda. Nada mais importa.<br /><br />Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.<br /><br />Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...<br /><br />Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.<br /><br />Que eu me acalme. Que o amor sobreviva."<br /><br />Herbert ViannaJulia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-83531868946415465092010-08-18T07:09:00.000-07:002010-08-26T14:00:20.747-07:00Conquistarei o que desejo!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYOCUUrNq6olbHugs8xBy_1pXXDsqwI7KIomQRRRAjImH_ygPIYC9_XxtfnmtaVr72POgLGtzi644X8hStAbquSjr3OhtY94NUath31RE5b2E061Z5qWPQyatHklFME64fAHY1PIGYAQU/s1600/MarcosQueiroz.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 283px; height: 301px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYOCUUrNq6olbHugs8xBy_1pXXDsqwI7KIomQRRRAjImH_ygPIYC9_XxtfnmtaVr72POgLGtzi644X8hStAbquSjr3OhtY94NUath31RE5b2E061Z5qWPQyatHklFME64fAHY1PIGYAQU/s320/MarcosQueiroz.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5506762396938591522" /></a><br />Queria saber domar meus pensamentos. Principalmente os positivos.<br /><br />Me considero uma pessoa positiva. Já li que meus signos, Áries com ascendência em Sagitário, me tornam uma pessoa positiva. Sempre me identifiquei com essa afirmativa. Mas quando o tema é pensamento negativo, ele se torna tão forte quanto o pensamento positivo.<br /><br />Vou exemplificar pra que entenda: quando faço teste pra algum personagem, tenho o sintoma positivo ou negativo do resultado. E normalmente acerto. Às vezes, infelizmente acerto, outras, felizmente. <br /><br />É louco pensar que dominamos nossa mente a esse ponto, mas acredito que sim. O mesmo acontece em todos os temas na minha vida. Seja nos relacionamentos amorosos ou não, ou nas aprovações de orçamento da minha empresa. É como se eu fosse ou não capaz de realizar aquele acontecimento. Quando eu não me sinto capacitada, sou reprovada, quando me sinto capacitada, aprovada. <br /><br />Queria ter o poder de decidir as coisas em todas as áreas. Já que sinto que o dom, tenho. <br /><br />Tenho lido muito sobre o tema e irei aprender a aplicar a teoria pra conquistar o resultado desejado. Assim como irei atuar em grandes montagens, assinarei incríveis contratos, assim como terei uma feliz e saudável família, atuarei em incríveiS longas-metragens, viajarei muito pelo mundo e aplaudirei de pé o sucesso dos meus irmãos. Tenho fé que irei!Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-83467177941068736412010-07-17T15:59:00.000-07:002010-07-17T16:09:02.318-07:00Tudoaomesmotempoagora!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNvextBTE0Zd5W_lBSGlccrtMbqpKhBbEOuItEBtYDYfuE_68lrtjHPCnLJ9Pg2FVuL-iAlhjARGhyGudlINnWzbuSn8XhHcoIS2ulCOmBjeOO2X6xY5OElvdvzrTmVJ0PCw2TBUv1kKU/s1600/Agil.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 222px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNvextBTE0Zd5W_lBSGlccrtMbqpKhBbEOuItEBtYDYfuE_68lrtjHPCnLJ9Pg2FVuL-iAlhjARGhyGudlINnWzbuSn8XhHcoIS2ulCOmBjeOO2X6xY5OElvdvzrTmVJ0PCw2TBUv1kKU/s320/Agil.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5495015920917686882" /></a><br />Durante muitos anos da minha jovem vida trabalhei como produtora em diversos tipos de eventos. Sejam eventos culturais ou sociais. Mas trabalhei muito!<br /><br />A função de um produtor, seja na área que for, é resolver “pepinos”. Tudo sobra pra produção. E o perfil principal de um bom produtor é a pró-atividade. Temos que prever qualquer erro que possa acontecer.<br /><br />Acredito que meus muitos anos nessa área tenham me ajudado a resolver os “pepinos” do dia-a-dia. Sou expert em agendar técnicos, organizar casas, calcular o tempo pra cumprir horários. Todas essas características me fazem ser uma pessoa eficiente e pontual, além de “agilizadora”. Sou ágil.<br /><br />Mas nunca soube responder se sou uma boa produtora por ser ágil ou se sou ágil por ser uma boa produtora. Se bem que acho que o que importa mesmo é a qualidade existente e não o meio para se alcançá-la. Ou não.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-34929730371960226102010-07-11T08:45:00.000-07:002010-07-11T08:58:56.642-07:00Sim, até a maturidade tira férias.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY8vxcyxqYbVXTh2lNOM7xzarSKBHpuplp8DJhBp4L4qXGcwFh-Hib4c-dV9hzTgiw21gdRWm03Sfe9ycLHdQJRDW-em9Iq5jN1O_dkwdtPzcg9Kqcf-s6Zd46mf1KvqooziNARW0r8I4/s1600/ferias.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY8vxcyxqYbVXTh2lNOM7xzarSKBHpuplp8DJhBp4L4qXGcwFh-Hib4c-dV9hzTgiw21gdRWm03Sfe9ycLHdQJRDW-em9Iq5jN1O_dkwdtPzcg9Kqcf-s6Zd46mf1KvqooziNARW0r8I4/s320/ferias.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492678724853225266" /></a><br />No meu último post comentei sobre a maturidade de identificar quando o sentimento vivido é amor ou paixão. Confesso que a maturidade estava de férias quando escrevi o post. Sem arrependimentos nem mágoas, afinal optei por viver cada segundo e adorei tudo que vivi. Mas passou e ficou um grande carinho. Enorme, aliás.<br /><br />Mas o melhor disso tudo é poder viver a paixão sem pensar nada além. Isso já é a maturidade que nos traz. A ansiedade é o grande mal de qualquer sentimento. Viver com calma e sem pensar se aquela paixão vai ou não virar amor, é o grande segredo da conquista da felicidade. E assim me mantenho feliz.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-81555108943565077942010-06-28T15:04:00.000-07:002010-07-10T13:48:05.798-07:00Amor Tranquilo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsj4HJRGyqmqkdwfP7aBp6sLSLX0_G3VrQ133nKZdPvHI2pXLa_Dp0xFOVbmknk17sy0i8ccchb4zyKRF_prRQ-EU-Bh18ELS6kQ_14YdR1qwJOWzxETLj_q6XvjVbbDlAbZtyotYyvC0/s1600/amor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 296px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsj4HJRGyqmqkdwfP7aBp6sLSLX0_G3VrQ133nKZdPvHI2pXLa_Dp0xFOVbmknk17sy0i8ccchb4zyKRF_prRQ-EU-Bh18ELS6kQ_14YdR1qwJOWzxETLj_q6XvjVbbDlAbZtyotYyvC0/s320/amor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487950736426213714" /></a><br />A sensação de paz é fácil de ser identificada, mas não tão fácil de ser alcançada.<br /><br />Com a chegada do amadurecimento, a quantidade de sensações para se alcançar a paz, aumenta. Não sei se passamos a ser mais chatos e exigentes ou se passamos a querer somar mais sensações boas para ter certeza do alcance da paz, mas que a paz vira uma espécie de utopia, vira.<br /><br />Junto com a maturidade outra grande qualidade vem, que é a fácil identificação de quando a paz é alcançada. E é dela que quero falar: <br /><br />A paz chegou e veio acompanhada. Me trouxe ótima música, novos amigos e um lindo sonho de viver um amor tranquilo. Eu tenho a sorte.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-24695049817102402342010-05-24T18:51:00.000-07:002010-05-27T00:19:01.313-07:00Obrigada, de verdade!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEEKl3_jf1xURDvaWmWkt4YJP7gtfcrqIEcJSzszmxBJ4yy73A9UtBgFSvD-aYclIjg0X972-zo2uZ07pVvAyR_As2vrKp-tajCgHDS4pxgwtXOK5moMS_PofFTATP5GX-nadKmf6O_8Y/s1600/aplausos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 217px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEEKl3_jf1xURDvaWmWkt4YJP7gtfcrqIEcJSzszmxBJ4yy73A9UtBgFSvD-aYclIjg0X972-zo2uZ07pVvAyR_As2vrKp-tajCgHDS4pxgwtXOK5moMS_PofFTATP5GX-nadKmf6O_8Y/s320/aplausos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475021340282796514" /></a><br />Quando comecei a ter noção de como a vida de artista é, tive certa dúvida se queria “aquilo” pra mim. Calma aí. Estou falando da parte que mais me assusta, que é a invasão de privacidade. <br /><br />Sempre fui tímida. Na verdade era extremamente tímida pra certas coisas, como atravessar uma praça de alimentação. Achava que todos estavam criticando meu jeito de me vestir ou meu cabelo despenteado. Mas como a profissão foi me conquistando, tive que abrir mão da minha timidez. Resolvi não pensar mais no tema. Quando penso que podem estar me observando, mudo o foco. Às vezes funciona.<br /><br />Durante meus anos de estudo e de conquistas, fui aprendendo a lidar com meus medos. Essa invasão de privacidade que tanto me apavorava foi desaparecendo, porque percebi que as pessoas só poderiam ir até aonde eu permitisse. Sendo ou não fãs. Até amigos ou família, são pessoas que torcem por nós como fãs e que não devem invadir nossa vida.<br /><br />Sempre achei muito “doida” a relação com os fãs. E acho MUITO importante ser uma relação saudável. <br /><br />Alguns dos fãs se tornaram amigos. Uma delas é a Natinha, que já foi tema de texto nesse Blog: <br /><br />http://juliasabugosa.blogspot.com/2008/09/pestinha.html<br /><br />Há pouco mais de um ano conheci a Rafinha. Uma menina também super inteligente e querida, que SEMPRE torce por mim e pela minha irmã. E isso é mérito nosso, de nós três. No início fiquei meio preocupada em não poder retribuir todo o carinho dedicado por ela, mas hoje em dia falamos abertamente sobre isso e tudo ficou mais claro e verdadeiro. Mais uma conquista, mas agora de nós duas: eu e Rafinha.<br /><br />Agradeço muito pelas amizades conquistadas nesses anos todos de trabalho. E sem essa torcida grande e verdadeira, seria sem graça cada vitória.<br /><br />Obrigada, de verdade!Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198526379359043976.post-58206231878743563602010-04-29T15:30:00.000-07:002010-04-30T09:00:53.992-07:00Brinde a Vida!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2IRI4dWAOpd3_mbo6jD_zfc1HWc99aUT8BDLU_3QW7psDSBnH8y160ppBkvZe1MotYn65L2lh2Xui4inBqWI9ExhQXi94O9iJrESbzCHcgAPByHsW4enNRcjb-AYbMLsmimRisAu5M-w/s1600/Todos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2IRI4dWAOpd3_mbo6jD_zfc1HWc99aUT8BDLU_3QW7psDSBnH8y160ppBkvZe1MotYn65L2lh2Xui4inBqWI9ExhQXi94O9iJrESbzCHcgAPByHsW4enNRcjb-AYbMLsmimRisAu5M-w/s320/Todos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5465691505498421106" /></a><br /><br /><br /><br />A vida é uma passagem e acredito que todos nós pensemos assim. <br /><br />Por mais que uns não acreditam em céu ou inferno, acreditamos no aqui e agora e isso já basta pra nos fazer querer aproveitar o máximo possível tudo que estamos vendo e sentindo. <br /><br />Então falemos de vida:<br /><br />Semana passada minha avó querida completou 90 anos de vida. Estão sendo muito bem vividos. Minha avó continua ativa fisicamente e mentalmente. É uma das mulheres mais inteligentes que conheço. Acredito que todos que a conhecem dividam da mesma opinião que eu. <br /><br />Exatamente pela paixão que todos sentimos por ela reunimos 91 pessoas que a amam, no seu jardim na última tarde de sábado, para brindarmos a vida. Minha avó é sinônimo de vida. Foi uma bela festa com duração de 12h. Muita música, vinho, cerveja, batida e pro seco pra celebrar a vida! <br /><br />Minha avó é uma mulher de poucos abraços, mas muitos comentários precisos. Ela abraça sem tocar. Ela ensina sem querer. Ela inspira sem sentir. Ela é naturalmente um exemplo. E sem saber a dimensão disso tudo, ela vai vivendo.<br /><br />Numa semana onde a vida foi celebrada, a morte andou por perto e nos levou um jovem cheio de talento e carisma. Um cara que vivia pra música e pros filhos. Que tinha uma vida saudável e alegre. Aliás “saudável e alegre” são duas coisas comuns entre minha avó e o Zé São Paulo. Zé era um cara com saúde, alegre e desportista. Um cara cheio de amigos e fãs. Assim como minha avó. <br /><br />Com essa semana tão contraditória, onde a vida e a morte caminharam juntas, chego à conclusão que nada melhor que olhar a vida com simplicidade. Pra quando nosso momento chegar estejamos satisfeitos com nossos feitos. Assim acredito que Zé estivesse.<br /><br />Aproveite a vida. Celebre a vida. Cuide dos seus amores e nunca deixe de dizer o quanto ama quem ama de verdade. Eu amo.Julia Sabugosahttp://www.blogger.com/profile/14122137205417147734noreply@blogger.com3