terça-feira, 30 de junho de 2009

Vida!

Numa semana tão triste onde o tema mais citado foi a “morte”, exatamente esta que levou nosso astro maior, Michael Jackson, eu não podia deixar de falar da vida, já que ontem fui presenteada com ela, latejando, cantando ao meu ouvido.

Ontem fui convidada pela minha irmã talento, Lia Sabugosa, pra assistir ao show do Moraes Moreira, mais uma vez - incansavelmente irei mais várias, só chamar - no show palco MPB FM, minha rádio predileta. Cesinha, meu cunhado incrivelmente fantástico na bateria, estava presente no palco. Moraes não é bobo nem nada.

O show foi deslumbrante! Moraes, no auge da sua adolescência energética, colocou TODOS pra dançar desde o início do espetáculo. Sem distinção de idade, raça ou conta bancária. Lá eram todos iguais, como deve ser: gente feliz.

O mais incrível é que SÓ tem música boa. Repertório à lá “Novos Baianos”, com um gingado único e contagiante. De renovar qualquer energia.

Saindo de lá, descompromissada da vida, ouço de Cesinha o seguinte convite: “vai rolar um som na casa do Milton Nascimento, ta afim?”. Como assim?! Claro!! Saímos direto pra casa linda do Bituca, no Itanhangá. Chegando lá soube ser um sarau em homenagem ao incomparável Drexler. Como assim!!??

Chegamos e a festa estava já iniciada, com cantores, atores, compositores, amigos amantes da arte, todos na mesma energia boa, na mesma função: se divertir ao som dos melhores.

Bituca passou o tempo todo (pelo menos o tempo em que eu estive lá), sentado na sua confortável poltrona, de frente para o “palco” improvisado. Não conversava, admirava. Era o primeiro a aplaudir. Com as mãos fortes, fazendo das palmas uma forma vibrante de agradecimento. Meu sorriso não conseguia se desfazer diante de tantos gênios, pra mim, gênios: Lenine, Lia Sabugosa (que deu uma canja de deixar todos de queixo caído!), Daniel Lopes, Totonho Villeroy, Rodrigo Maranhão, músicos brilhantes como Cesinha, Gastão Villeroy e outros tantos que não sei o nome ainda e claro, Jorge Drexler. Na hora do “convidado ilustre”, todos se calaram, pra não perder nem um suspiro do jovem talento. Todo educado e tímido, logo nos primeiro acordes mostrou a que veio ao mundo: tocar, cantar, compor e emocionar. Que beleza de timbra, que beleza musicas, que beleza de apresentação.

Saí da casa do Bituca satisfeita com a vida. Me senti honrada de fazer parte daquele grupo seleto de artistas loucos por arte. Assim me considero. Me senti maior que antes.

Obrigada Cesinha e Lia! Não sei como retribuir a noite vivida. Se pudesse trazer Michael por alguns minutinhos, seria o equivalente a tudo que senti ontem. De verdade.

4 comentários:

revistadocinemabrasileiro disse...

tambem quero!

Lia Sabugosa disse...

Esqueceu de falar da sua participação, mesmo que discreta, no ovinho.Beijo!!!!

Carolina disse...

Coisa linda...escreve tão bem e ainda por cima sabe chacoalhar o ovinho...ihuuuuuuuuuuu!Te amo!

Unknown disse...

Que linda!! Adorei te ver!!
Ainda estou com saudades.
Bjs