segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pestinha!

Há uns três anos convivo, quase que diariamente, com uma figurinha raríssima. É uma menina muito inteligente, divertida, dedicada aos estudos, e de humor quase único, uma pestinha em forma de gente.

Tudo começou durante as gravações de Bang Bang. Ela me achou, já não me lembro aonde, e, literalmente, invadiu minha vida. Digo isso porque ela já faz parte da minha vida, mesmo.

Durante as gravações eu era obrigada a desvendar todos os mistérios que ela pedia. Do tipo: “Ele namora ela?”, “Ela é legal?”, “Quem termina com quem?”. Eu ia levando, levando. Até que Bang Bang acabou, mas ela continuou na minha vida. Achei aquilo fenomenal, até porque muitas das fã de Bang e Carmencita que costumavam conversar comigo, já não conversavam tanto. Normal. Mas ela não. Aliás, ainda falo com a Mah, aliás, as DIDs, Maria, Dudinha, Jack, Mayra, mas essa pestinha, é diariamente mesmo. Ela insiste.

No início da nossa história eu ficava um pouco incomodada com a insistência dela, mas depois vi que era puro carinho, mesmo. Ela já era fã da família toda, não era só meu o mérito. Lia Sabugosa, ela adora! Até meu cunhado ela conheceu. A mim, não, só “interneticamente” falando. Ela mora em Curitiba. Linda cidade, mas é longe.

Hoje em dia somos amigas, posso dizer. Ela sabe muitas coisas da minha vida particular, me ajuda em questões, me dá dicas de saúde (ela é veterinária!haha) e anima minhas tardes. De vez enquando exagera, mas nada como um puxão de orelha pra torná-la adulta e quieta.

Essa pessoinha muito especial que faço questão de citar no meu blog é a Natinha. Uma figura que gosto demais e que, espero, não saia mais da minha vida!


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Amigas

AMIGAS

Sempre que escuto essa palavra, me vem a cabeça pessoas. Não são muitas, mas são realmente.

Tenho um grupo de três delas há muitos anos. Diria mais: há doze anos! Nesse tempo muitas coisas foram aprendidas e vividas. Passamos por transformações de personalidade e de vida.

Cada uma com um perfil diferente: a primeira é praticamente o amor de todas. Ela tem algo diferente e especial, que mesmo quando falha em algo, é automaticamente perdoada por todas. Ela tem um imã que atrai a todos. Quase uma unanimidade. É uma artista no que faz profissionalmente, tem uma risada que ganha de qualquer clac de programa de TV, enfim, uma amiga queridíssima. A segunda é também uma artista no que faz profissionalmente. Fico impressionada como a sua criatividade não se esgota! É A MELHOR no quesito noitada. Ô pessoa animada! Inteligente, engraçada, linda mãe e esposa exemplar. A terceira é a nossa terapeuta amiga! Ô pessoinha querida! Amo demais. É a nossa orientadora de vida, praticamente. Está sempre disposta pro que der e vier. Além de linda de morrer!

Na época em que nos conhecemos eu já era a mais velha. Aliás, ainda sou! Elas ainda estavam no colégio, tinham 16 anos, e eu já estava formada no colégio e estudava na CAL. Maravilhosa escola de teatro. Descobrimos juntas os porres, as drogas mais leves que temos no mercado e os homens, namoros. Na época em que nossas personalidades estavam se formando, foi a fase onde mais convivemos. Deve ser por isso as nossas semelhanças, nossos “bordões” iguais, nossa percepção pela outra. Basta um olhar, um tom de voz, pra sabermos que está tudo ótimo ou muito pelo contrário. Formamos uma casca de amizade comum. Uma espécie de raça. Juro!

Desse grupo de três, passamos pra quatro, com a chegada de uma peça rara no mundo. Uma Mulher maravilhosa que graças a sua personalidade fantástica nos conquistou a ponto de virar uma de nós. Era uma força a mais no nosso traço de personalidade de amizade. Ela realmente faz a diferença. Não é pelo seu corpo escultural ou pelo seu grave na voz, mas pelo amor que ela transmite. Uma mulher que você pode confiar, como irmã.

Até aí tínhamos cinco (contando comigo!) personalidades bem diferentes, com características físicas também diferentes, mas com humor, alegria, leveza de vida, muito semelhante uma das outras.

Vivemos coisas maravilhosas, viagens fenomenais, micos mais ainda, porres históricos, uma lista de homens nada convencionais (somos boas nas escolhas. Cada personagem que nem te conto), uma lista de momentos dignos de um livro. Cada uma com um capítulo. Ou até capítulos escritos por todas com temas diferentes. Aliás, o tema “livro” já rendeu alguns bons dias de reuniões e ótimas lembranças. Até programa de TV tentamos. Existe uma hora de fita gravada de uma noite ótima e deliciosa na casa de duas dessas amigas incríveis. Aliás, isso é outro tema: amigas que de tão amigas resolveram dividir apartamento. Isso, pra mim, é sonho de criança! Acho maravilhoso! Aliás, hoje divido apartamento com uma grande amiga. Não faz parte desse elenco de amigas, mas também amo demais!

Com a entrada de uma sexta amiga, muita coisa mudou. Ela nos acrescentou uma felicidade a mais em viver. É uma mulher linda, independente economicamente e quase emocionalmente, é uma atleta (hoje em dia, mas éééé!), super inteligente, viajada, experiente em temas deliciosos (ai!), boa de conselhos, com bons amigos pra apresentar às amigas, enfim: Fez diferença. Por isso faz parte do grupo.

Até aí estávamos tranqüilas. Até que chegou ela, a maior! Uma amiga que vale ourooo! Só tem um único defeito: pensa mais nos outros que nela. Esse defeito é perigoso. Porque pode ser visto como qualidade, mas não é. Longe disso. Nos gostamos demais dela, a admiramos demais, somos muito apaixonadas por ela, que não podemos achar que ela sendo tão incrivelmente doada a nós, seria bom pra ela também. Por isso que ela está mudando. Muitos papos foram tidos, muitas cervinhas bebidas, que agora as coisas estão mudando, pra melhor. Por isso que ela faz parte de nós, entende? É muito amor!

A última eleita a entrar foi uma mulher das raras no quesito personagem. É mesmo um personagem! Com ela por perto, dificilmente não há gargalhadas, isso sem ela fazer o menor esforço. Aí que está a graça dela. Ainda por cima vem com uma vontade boa de viver a vida. Ela já fazia parte da minha vida há uns três anos, mas só agora entrou também para esse grupo de amigas. Impossível não incluí-la num grupo tão especial.

Esse texto é uma forma de homenagem a essas mulheres fantásticas que fazem da minha vida uma festa! Obrigada por fazerem parte de mim! Amo muito todas! Muito! Muito!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amigo, por Batalha!

Amigo, um Ensaio
(Marcelo Batalha)

Difícil querer definir amigo. Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas aguas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia.

Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.

(Marcelo Batalha, 20 de outubro de 1996)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

AMIGO

Recebi esse texto de uma amiga de coração gigante: Caroll Llerena. Amei!


Difícil querer definir amigo.

Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.

É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.

É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz.

É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você.

É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo 'por vir'.

É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas.

É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas.

É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar.

É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.

É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.

Amigo é multimídia. Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática.

É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo.

É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior.

É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz 'eu te amo', sem qualquer medo de má interpretação.

A amigo é quem te ama 'e ponto'. É verdade e razão, sonho e sentimento.

Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista."


Marcelo Batalha.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Felipe Sabugosa


Difícil escrever sobre o Fil.

Venho pensando em escrever sobre o Fil há um bom tempo, mas nunca acho as palavras exatas para descrever esse talento.

Desde pequeno já se notava uma grande diferença nele. Já era o mais curioso. Já formulava perguntas incríveis, de um ângulo que só ele via. Eram questões, realmente questões. Fazia a família rir, fácil. No esporte não tinha pra ninguém. Fazíamos Olimpíadas em Correas. Era o melhor remador, o que saltava mais alto e ainda ganhava na corrida. Um fenômeno.

No colégio já escrevia no jornalzinho. Devia ter uns 15 anos. Ele, Bruno Porto, dentre outros. Tinha um senso de humor único. Já escrevia muito bem. Estudamos juntos durante alguns anos e sempre tive orgulho do rapaz. Não era o melhor aluno, mas fazia uma grande diferença entre todos.

Em casa tinha seus privilégios, afinal é o único filho homem. Nunca foi de se gabar por tê-los. Não era culpa dele não ser tão cobrado como as suas irmãs. Fil sempre foi na dele, não tinha nem porque acusá-lo de algo. Tirando algumas implicâncias que só ele teria competência pra criar, como deixar um travesseiro em cima da minha porta, pra quando eu entrasse no meu quarto, levasse susto com a queda do mesmo na minha cabeça. Isso era diariamente, sem exceção. Quando o Fil se mudou pra Portugal, o que mais fazia eu perceber a falta que ele me fazia, é que toda vez que eu entrava no meu quarto, olhava pra cima esperando a queda. E essa não chegava.

Fil viajou muito pelo Brasil e mundo. Desde pequeno teve essa vontade de ir em busca de um mundo desconhecido. Como se a vida fosse acabar em poucos minutos. Uma grande virtude dele. Na época de sua primeira grande viagem, onde passou dois anos pela Europa, eu sentia tanta saudade que chegava a doer, fisicamente mesmo. Eu o invejava por conseguir ser tão independente emocionalmente a ponto de ficar longe de tudo e de todos por tanto tempo e tão novo. Devia ter uns 19 anos.

Sempre foi trabalhador. Nunca foi de acordar cedo. Seu despertador acordava, literalmente, o prédio todo, menos ele. Sempre foi de esportes, todos praticamente. Sempre foi romântico, sempre foi fiel. Aliás, a credibilidade que ainda tenho no amor deve-se muito a ele e à Lia, minha irmã exemplo de esposa. O Fil é do tipo de homem que não pode ser definido como tipo, pois até hoje só soube dele (ainda acredito que vá encontrar um pra mim), que não trái, mas se sentir vontade de fazê-lo, conta pra pessoa a ser traída, ou não, traída. É o cúmulo da honestidade em forma de homem, lindo e romântico.

Fil é um talento no que faz profissionalmente. É diretor de fotografia no cinema. Rei dos documentários. Vive recusando trabalho pela falta de tempo. Tenho certeza que, por ele, o dia teria 40 horas, ou 50, pra ele poder beber mais e dormir depois. Coisa que faz pouco. Se quiser ver algum trabalho dele, entre no youtube e tecle Felipe Sabugosa, aí vai me entender.

Na verdade mesmo, o Felipe Sabugosa não se resume a um texto do meu blog. O Fil é merecedor de muitos longas e muitos livros, daqueles grossos e lindos de capa e conteúdo. Assim como ele.

sábado, 13 de setembro de 2008

GABEIRA por Nelson Motta.

UTOPIA CARIOCA


RIO DE JANEIRO - Sempre que vejo na televisão a propaganda do TSE mandando a gente ficar de olho nos nossos eleitos, sinto um certo constrangimento e uma sensação de
ridículo institucional. Mas também um estranho orgulho e um vago sabor de uperioridade: há várias eleições voto no deputado Fernando Gabeira e nunca me decepcionei com seus votos, atitudes e atuação política, mesmo quando, às vezes, discordo de seus pontos de vista. Sua honestidade e inteligência são inquestionáveis.

É uma felicidade democrática ter alguém que realmente representa no Congresso o que você pensa e acredita. Isto também é quase ridículo, porque é uma exceção do que deveria ser a norma, como é em países civilizados. Mas fiquei ainda mais orgulhoso agora que ele impôs suas condições para ser o candidato da frente PV-PSDB-PPS à prefeitura do Rio de Janeiro.

Não pediu poderes ilimitados, nem caminhões dedinheiro, nem submissão dos partidos à sua vontade: exigiu uma campanha limpa, sem ataques pessoais, propositiva; divulgação pela Internet dos fundos e despesas da campanha, e o principal: caso eleito, que o
secretariado seja escolhido por méritos e critérios profissionais e não partidários, sem o habitual loteamento como moeda de troca por apoio político. Ele não acha que só porque "todos" fazem errado ele deve fazer também. É quase uma utopia. Mas se é a
realidade em países civilizados, por que não, um dia, no Brasil?

Conhecido por sua trajetória dedicada aos direitos humanos, à ecologia, saúde,educação e cultura, com reconhecida capacidade de diálogo democrático e
tolerância, sem concessões à ladroagem e à política-como- ela-é, o que ele propõe é o óbvio. Mas parece um sonho quase impossível.

O Rio de Janeiro merece esta esperança.


Nelson Motta