terça-feira, 28 de abril de 2009

É fácil, eu consegui!

Já há alguns anos tentava parar de fumar. Cigarro já não me fazia bem. Virei alérgica (coisa que me orgulha em NÃO ser), deixei de ter um pulmão enorme que resistia à quilômetros de bicicleta ou nado; comecei a ter sintomas nada femininos, como cheiro de "noitada". Cá pra nós: o fumante cheira à noitada. Claro que existem as exceções. Mas demorou muito para que eu realmente sentisse a vontade gigante que senti pra poder ter força suficiênte pra me ver livre desse vício que não leva à NADA positivo.

Mesmo minha mãe indo embora por causa desse vício horroroso. Um ano e meio depois de sua ida, consegui. Mas consegui!

Já há uns 6 meses não fumo essa droga lícita. Lícita sabemos bem porque: o governo fatura mais impostos gerados pelo tabaco, que com impostos pagos com assistência médica para o povo que sofre com esse vício. Infelizmente é por essa razão que o cigarro continua legalizado. Aliás, legal não devia ser um adjetivo positivo quando usado relacionado a esse vício. Aliás, à nenhum vício.

Mas esse texto não tem nada de político, é um texto pra ajudar pessoas que querem parar com esse vício. Então vou te contar:

Quando decidi parar de fumar fiz uma espécie de lavagem cerebral. Já sabia dos males, então me coloquei como mais forte que o vício. "Como assim eu deixar de estar saudável por causa de um troço que me deixa fedorenta, sem fôlego e que tirou a minha mãe querida do mundo??". Então comecei pelo básico: "eu vou conseguir". Tirei a palavra "difícil" do meu vocabulário. Nada é difícil se você realmente quer. Aí tudo muda!

Por mais que eu fumasse só quando eu bebia, quando bebia fumava direitinho. Parecia uma viciada de 70 anos de fumo intenso. Ligava um "foda-se", ou foda-me, e me matava aos poucos. Minhas ressacas eram absurdas. Doía tudo. Meu fôlego demorava duas voltas na Lagoa Rodrigo de Freitas (7km e 200m) pra voltar ao normal, fora o cheiro nas mãos, que não saíam por NADA. Nem borra de café adiantava. Acordava querendo dormir pra esquecer. Até que me cansei e estipulei uma meta: "assim que realizar meu sonho pararei de fumar". Meu sonho era assinar um contrato. Até que chegou a Record. Deu um medo. "Agora terei que pagar a promessa!". Foi o momento da conscientização plena. Foi o momento que tive certeza que queria mudar completamente a minha vida. O modo de pensar muda. Claro que no início, cada gole de cerveja dava uma vontade gigante de fumar, mas a vontade dá e passa. Juro! É só ter paciência que ela passa. Assim como foi comigo. Passou completamente!!

Hoje bebo com amigos, saio pra dançar e volto pra casa feliz da vida. Meus dias seguintes são como dias anteriores. São saudáveis. Não existe mais dor no corpo nem arrependimento. Meu sorriso está mais branco e minha pele mais rosada. Até meu humor mudou.

Hoje me sinto mais forte e acredito mais em mim. Assim que deve ser: acredite em você que só você sabe o mal que esse vício te faz. Eu acredito.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pra não restar dúvidas

Depois que postei meu último texto, "Quem sabe?", muita gente veio até a mim pra dividir a experiência fantástica que é criar junto com o pai, os filhos. Concordo!! Acho que me expressei mal. Por isso resolvi tirar a limpo.

Sei porque vivi isso. Sei da importância dos pais juntos numa criação. É essencial a parceria e união do casal, mesmo casal já separado. Acho lindo quando pais, mesmo que separados, conversam e/ou discutem saudavelmente sobre a educação de seus filhos. Afinal aquela criança só existe porque os dois "trabalharam" pra isso, unidos, então tem que decidir juntos qual decisão tomar sobre todos os assuntos necessários para o bem daquela criança.

Quero isso pra mim também. Quero deixar isso bem claro. Quando disse "espaço" em um casamento, continuo acreditando ser o ideal, pelo que vivi e senti necessidade. Mas continuo acreditando na união do casal, na amizade, no prazer em estar junto na criação unida da prole.

Acho que o espaço de cada um, faz esses momentos juntos, melhores ainda. É isso que quero pra mim.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem sabe?

Logo que me separei decidi passar um tempo de férias de relacionamento. Estipulei o período de um ano. Pensei: "Agora é hora de focar na minha carreira. Quero meu tempo completamente voltado pra mim e minha profissão". E assim faço há quase um ano.

Durante esse tempo foi de se espantar a quantidade de conquistas realizadas por mim: voltei à Portugal - país que amo e me faz sentir plena; parei de fumar; tornei real a "Roda Gigante", minha peça com meus irmãos e amigos preciosos; assinei o contrato com a Record para viver um personagem cômico em uma novela linda com um diretor amigo e super talentoso; abri com meus irmãos a Visconde Produções, nossa produtora de vídeo; consegui realizar o sonho de morar sozinha e, principalmente, conquistei a liberdade. Sou livre.

Aí penso: será que se eu estivesse namorando ou "casada" ainda, teria realizado tudo isso. Não sei. Por isso que questiono muito, hoje em dia, o casamento. Acredito que um casamento ideal é aquele aonde as pessoas realmente tem seu espaço. Quando digo "espaço" penso, principalmente, em espaço físico. Acho importante cada um ter a sua casa, mesmo e sendo um casal feliz. A não ser que um dos dois viaje muito, fazendo da saudade o melhor tempero.

Quero ser um casal feliz, mesmo. Quero ter filhos (acho que dois. Antes pensava em três, mas hoje em dia vejo o quanto é caro criar gente), quero jantar junto com eles, quero dividir a educação e criação deles e quero, principalmente, que o pai deles goste do título "pai".

Mas aí penso: além disso tudo eu tenho que ser apaixonada por ele, tem que gostar de música boa, tem que ser um cara que dê importância à família, honesto, trabalhador, bom de papo, me faça rir e que esteja afim de ser um casal também.

Acredito que exista UMA pessoa ideal pra cada um de nós. Acredito piamente. Por isso que é normal nos enganarmos e vivermos muitos relacionamentos que não dão certo. Eles são uma espécie de treino pra quando a hora do encontro decisivo chegar, assim nós estaremos preparados e aplicados. E olha que tenho sido uma ótima aluna durantes esses imensos anos de vida.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Falei que voltava!

Não resiti e voltei pra assistir Maria Gadú e Leandro Léo!


Não só eu repeti a dose, como: Lia Sabugosa, Maytê Piragibe, André Bankoff, Dado Dolabella, a menina indiazinha que é a musa inspiradora da música "Laranja" e mais um monte de gente que não conheço. Estava lotado!! De Kelly Key à Ana Carolina!


Fico muito feliz em ver que novos talentos estão surgindo e sendo bem aceitos. Me dá uma certa angústia quando vejo pessoas sem talento ocupando espaço de artistas, realmente, artistas. Nesse caso, não!! A Som Livre investiu bem. Boa tacada! Parabéns!

Domingo será a última noite dessa pequena temporada no Cinemateque. E claro, pretendo estar lá!

Chico não foi... mas ainda tem mais um chance. Chico, acorda pra vida!

Lula, o Queiroga da vez!



Há, pelo menos, dois meses soube da vindo de Lula Queiroga ao Rio de Janeiro para lançamento de seu terceiro CD (Tem Juízo, Mas Não Usa). Estava torcendo para que tudo desse certo e eu conseguisse estar presente na platéia no Rival para babar no show. Afinal aquilo não é apenas um show de música boa, é um espetáculo completo!

Fui com Lia, Cesinha e Daniel Lopes. Trio talento de ouvido refinado, além de fãs do cantor. Daniel ainda não era. Percebe: "ainda". Porque depois de assistir ao Lula no palco, raros não se entregam ao fanatismo. Não seria diferente com Daniel Lopes.

O show começa e entra aquela figura (no ótimo sentido da palavra) e já começa com uma composição própria, de letra originalmente Queroguiana. Lula tem um estilo e uma assinatura tão próprias que é quase impossível não identificar a mensagem que o astro pretende passar, além de ritmos e misturas inéditas. Cada história é contada e cantada de forma única e tão curiosa que deixa qualquer platéia vibrando. Platéia essa que da metade para o final já não se aguentava nas cadeiras e se punham a dançar e a brindar à vida. Lula tem disso: tem uma vibração tão boa e forte que contagia.

No palco uma banda MAGNÍFICA acompanhava com tanto brilhantismo e precisão, aquele cantor/compositor, que dava gosto de ver. Uma banda de muitos Queirogas e outros não Queirogas de nome, mas de suingue. Oxi que suingue! Tostão Queiroga, um dos melhores bateristas brasileiros, era acompanhado também por outros dois Queirogas, Yuri, na guitarra (Nossa Senhora, que talento!!) e Lucky Luciano, baixo. Um baixista personalizado e de categoria ouro. Se eu fechasse meus olhos, identificaria Queirogas em cena. Facilmente. Além de Fabrício Belo nos teclados, com sua performance física quase tão fenomenal quanto sua performance na teclas. Que showman! Além de Eduardo Braga na guitarra. Também tão especialmente talentoso. Não poderia deixar de citar um dos técnicos de som mais queridos, dignos e precisos do mercado brasileiro, Leo Dim! Que orquestrava o show com seu ouvido aguçado e de ótimo gosto! Um show precioso de ver e ouvir, com nosso elenco brilhante de artistas regionais que mudam a cara do mercado fonográfico brasileiro. Com eles em cena fico orgulhosa de ver o nome do nosso Brasil rodar pelo mundo à fora!


Lula Queiroga! Bravo! Volte sempre e muitas vezes! Com você nosso Rio tem mais suingue e sorrisos!


Ah! Comprei o CD ainda levei um autógrafo com originalidade dos Queiroga: “ Pra irmãzinha, Julia com um beijão Sabugoso. Valeu! Lula Queiroga”. (“irmãzinha” da Lia, de quem Lula também é fã!)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Domingo de Páscoa com Maria Gadu

Domingo de Páscoa é um dos dias mais agradáveis do meu ano. Sempre foi, a vida toda.

Costumo passar em Correas, um verdadeiro paraíso na Serra Fluminense. Minha avó e ídola mora lá e nas datas festivas a família sobe a serra, em peso.

Como de costume comemos um delicioso bobó de camarão feito pela sensacional Maria, cozinheira da voinha há muitos anos. E claro, muito vinho pra acompanhar.

O tema do texto não é exatamente Correas, mas falar de Páscoa e de Correas sem citar minha avó Lia é impossível!

Após uma tarde agradabilíssima nada poderia ser melhor pra fechar a noite do que um show de música. Então, lá fui eu!



Só sabia que se tratava de uma jovem cantora de muito talento e muitíssimo falada pelo meu amigo de elenco, Leandro Léo. E que, por coincidência, na banda estariam Cesinha, meu cunhado amado e talentosíssimo baterista, e Caneca, outro talento da música, só que na guitarra.

Logo que entrei no Cinemateque avistei Caetano (!!!), o Veloso. Ele mesmo. Fingi ser absolutamente comum pra mim estar numa mesma platéia que o astro. Mais alguns minutos e avisto amigos atores: Maytê Piragibe, Guilherme Buri e o próprio Leandro Léo, que fez uma belíssima participação. Ao meu lado estavam Lia Sabugosa e Daniel Lopes. Melhor que isso, só se Chico Buarque estivesse presente.

O show começa. Entra uma pequena menina meio moleque e senta num banco alto com as pernas cruzadas. Assim como um Buda. Pega seu violão e ARRASA. Simplesmente arrasa para aquela platéia chocada com seu talento. Tocou de Adoniram Barbosa à Kelly Key, sem "bater na trave" nem titubear em momento algum. Além de versões mais que originais de "A História de Lily Braun"(Chico Buarque e Edu Lobo) e "Ne me Quitte Pas". E olha que Caetano continuava por lá, quieto e bobo com aquele talento despretencioso.

Um dos momentos mais lindos foi quando Leandro Léo e Maria Gadu cantaram "Linda Rosa". Aliás, que dupla afinada e cheia de carisma. Dois jovens talentos de dar orgulho em qualquer brasileiro.


Esse domingo tem mais. E lá eu pretendo estar.

Uma cantora que reune de Caetano Veloso a Dado Dolabella é, no mínimo, divertida de se ver.

Quem sabe Chico também vai..

Mimi em Poder Paralelo


Finalmente a novela estreiou! E foi lindo de se ver.

A estréia foi perfeita! Um capítulo cheio de ação e romance. Uma novela caprichada, feita com amor e dedicação de incríveis profissionais.

Estou feliz e realizada por fazer parte desse núcleo de estrelas-talento, na frente e por trás das câmeras.

Parabéns à todos!

Que seja um grande sucesso! E será!!

Ah! Mimi estréia no sábado!! Vale a pena conferir!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

3.2

Quando eu era criança (faz tempo, mas já fui uma) brincava daquele jogo de escrever num papel a idade em que iria casar, ter filhos e tal. Me lembro bem que aos 20 casaria e aos 22 seria mãe. Pode ver que o tempo verbal não se concretizou - estou solteira e não tenho filhos. Ainda quero realizar esses sonhos, mas a gente muda tanto durante o processo de crescimento, que os sonhos, muitas vezes, não acompanham as realizações.

Durante minhas fases de visível amadurecimento o tema que mais fez (e faz) diferença pra mim, é o tema "profissão". Normalmente é nele que gosto de focar. Mas claro que nem sempre as coisas são como queremos, tanto que muitas vezes desviei meu foco da "profissão" para o tema "paixão". Nossa! Muitas vezes mesmo! Quando falo de "paixão", falo de gente: pele, carne, osso e coração.
Ainda estou aprendendo a lidar com a divisão de atenção. Difícil, mas necessário.

Nesses 32 anos de vida conquistei muitos sonhos e pessoas:

Conquistei meus dois melhores amigos, que são meus irmãos. Criamos uma amizade tão sólida que me faz sentir completamente segura. Não me sinto só, mesmo que distante. Conquistamos uma sintonia rara de se ver. É mágico.

Conquistei muitas viagens. Aliás, uma das minhas grandes paixões e a maneira mais deliciosa de gastar dinheiro. "Viagem a trabalho" então..adoro! É uma das frases que mais gosto de ouvir. Viagens essas que me fizeram conhecer muitas pessoas e lugares belíssimos, nem sempre, mas muitas vezes belos.

Uma das coisas que mais me orgulho nesses 32 anos é a facilidade que tenho em conhecer e de me comunicar com as pessoas. Adoro gente.

Aprendi esportes que me identifico e outros que apenas me deixaram marcas. Roxos, mesmo. Me tornei uma ótima ciclista e nadadora - essa modéstia toda veio junto com os 30 anos - Depois de inúmeros esportes mereço me identificar com dois, pelo menos. Só pra você me entender. Já (tentei) pratiquei: remo, futebol de praia, futevoley, voley, basquete, handball, tênis e corrida. Entendeu, agora?

Nesses 32 anos conquistei muita saúde. Incrível! Cuido dela direitinho, mas me orgulho de ser saudável e forte. Graças a uma boa alimentação e esportes. Eu conquistei e indico.

Conquistei muitas vitórias no meu trabalho. Estudei muito e batalhei mais ainda pra isso tudo acontecer, e não desisti. Aliás, pra mim esse é o segredo: não desistir. Se eu te contar tudo que já conquistei e não se realizou, então...Te darei uma palhinha: conquistei o papel de protagonista em uma série em um canal do Estado que, claro, não rolou por "falta de verba". Eu tinha 16 anos na época; também já fui aprovada no teste para ser a "nova apresentadora" de um programa incrível de esportes em um canal que eu achava, até então, O canal. Nunca me ligaram; também cheguei a apresentar um programa de TV em um canal "parabólico" e depois de dois dias de trabalho houve uma confusão no canal e tiveram que fazer uma mudança na programação. Fui pra casa e lá fiquei. Nunca mais disseram nada sobre o tema e nunca recebi um real pelo trabalho executado, e muito bem executado. Mas aprendi. E isso vale muito mais.

Mas vitórias houveram, e muitas! Nasci numa família abençoada; tive uma mãe magnífica, um exemplo a ser seguido (tirando o cigarro); tenho um pai mais que absolutamente maravilhoso, apesar de ter pressão alta e continuar se alimentando mal; meus irmão são raros e unânimes no quisito maravilhosos; tenho amigos brilhantes; trabalho e trabalhei muito, nunca me faltou saúde pra isso; consegui realizar o sonho de morar sozinha; já tive um fuscão preto; tenho um cachorro doce a carinhoso, além de lindo; já atuei em dois longas; estou na minha segunda novela; atuei em diversas peças, incluindo uma Ópera no Municipal do Rio de Janeiro dirigida pela incomparável Ana Kfouri; consegui montar a minha peça e dos meus irmãos,a RODA GIGANTE; abri a minha empresa de vídeo, Visconde Produções, com meus sócios e melhores amigos, meus irmãos; sou vizinha de prédio com meu gêmeo; minha irmã me visita frequentemente, além de amigos e afins e tenho um blog onde conto minhas realizações e aventuras.

Ainda tenho muito mais conquistas a realizar. E sonhos...muuitos sonhos pra concretizar. Esse dom de sonhar espero nunca perder.

Que venham muitos mais anos pela frente! Com saúde, honestidade e alegria, é assim que sigo!