segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Felipe Sabugosa


Difícil escrever sobre o Fil.

Venho pensando em escrever sobre o Fil há um bom tempo, mas nunca acho as palavras exatas para descrever esse talento.

Desde pequeno já se notava uma grande diferença nele. Já era o mais curioso. Já formulava perguntas incríveis, de um ângulo que só ele via. Eram questões, realmente questões. Fazia a família rir, fácil. No esporte não tinha pra ninguém. Fazíamos Olimpíadas em Correas. Era o melhor remador, o que saltava mais alto e ainda ganhava na corrida. Um fenômeno.

No colégio já escrevia no jornalzinho. Devia ter uns 15 anos. Ele, Bruno Porto, dentre outros. Tinha um senso de humor único. Já escrevia muito bem. Estudamos juntos durante alguns anos e sempre tive orgulho do rapaz. Não era o melhor aluno, mas fazia uma grande diferença entre todos.

Em casa tinha seus privilégios, afinal é o único filho homem. Nunca foi de se gabar por tê-los. Não era culpa dele não ser tão cobrado como as suas irmãs. Fil sempre foi na dele, não tinha nem porque acusá-lo de algo. Tirando algumas implicâncias que só ele teria competência pra criar, como deixar um travesseiro em cima da minha porta, pra quando eu entrasse no meu quarto, levasse susto com a queda do mesmo na minha cabeça. Isso era diariamente, sem exceção. Quando o Fil se mudou pra Portugal, o que mais fazia eu perceber a falta que ele me fazia, é que toda vez que eu entrava no meu quarto, olhava pra cima esperando a queda. E essa não chegava.

Fil viajou muito pelo Brasil e mundo. Desde pequeno teve essa vontade de ir em busca de um mundo desconhecido. Como se a vida fosse acabar em poucos minutos. Uma grande virtude dele. Na época de sua primeira grande viagem, onde passou dois anos pela Europa, eu sentia tanta saudade que chegava a doer, fisicamente mesmo. Eu o invejava por conseguir ser tão independente emocionalmente a ponto de ficar longe de tudo e de todos por tanto tempo e tão novo. Devia ter uns 19 anos.

Sempre foi trabalhador. Nunca foi de acordar cedo. Seu despertador acordava, literalmente, o prédio todo, menos ele. Sempre foi de esportes, todos praticamente. Sempre foi romântico, sempre foi fiel. Aliás, a credibilidade que ainda tenho no amor deve-se muito a ele e à Lia, minha irmã exemplo de esposa. O Fil é do tipo de homem que não pode ser definido como tipo, pois até hoje só soube dele (ainda acredito que vá encontrar um pra mim), que não trái, mas se sentir vontade de fazê-lo, conta pra pessoa a ser traída, ou não, traída. É o cúmulo da honestidade em forma de homem, lindo e romântico.

Fil é um talento no que faz profissionalmente. É diretor de fotografia no cinema. Rei dos documentários. Vive recusando trabalho pela falta de tempo. Tenho certeza que, por ele, o dia teria 40 horas, ou 50, pra ele poder beber mais e dormir depois. Coisa que faz pouco. Se quiser ver algum trabalho dele, entre no youtube e tecle Felipe Sabugosa, aí vai me entender.

Na verdade mesmo, o Felipe Sabugosa não se resume a um texto do meu blog. O Fil é merecedor de muitos longas e muitos livros, daqueles grossos e lindos de capa e conteúdo. Assim como ele.

5 comentários:

Julia Sabugosa disse...

Te amo muito!

Julia Sabugosa disse...

Depoimento da Natinha Pestinha que adoro!

Puxa vida! Li o texto que escreveu sobre seu irmão. Lindo o amor que vc tem por ele, mais lindo ainda é sua demonstração, orgulho e carinho por ele! Aliás, por ele e pela Lia!
Hj em dia é tão raro ver isso, bom, eu pelo menos vejo muito pouco e quando demonstro esse carinho pelo meus pais e minha tia fico até achando que sou meio fora do normal. Mas lendo o que vc escreveu, vi que não sou única no mundo...rsrs. Ainda bem! =)


Repito, escreveu lindamente. De forma leve e carinhosa. Parabéns! Parabéns pelo irmão (e irmã) e por esse sentimento que poucos demonstram por suas famílias!


Bjoos!!!

Sabugosa disse...

Zazá, Zanzi, Zazuba (esse é novo!),

valeu a pena esperar.
Lembra quando você jogou o balde d`água na cabeça do Marcelo?
Agora lembrei de vários momentos do nosso crescimento juntos.
A gente somos gêmeos!
Beijo!

Anônimo disse...

Vixi! Foi balde cheio d'água ou foi só o balde?

Ju, escreva as Aventuras dos Gêmeos Sabugosa pra gente! =)
Tô com a sensação de que não foram poucas as peripécias de vcs! rsrs
=P

Bjoos!!

Carolina disse...

Genteeeee...valeu a pena ficar tanto tempo sem entrar no BLOG,sei que não devo mas,aconteceu!Zuquinhaaa...que linda homenagem,que texto puro,amoroso,que bela declaração para o seu gêmeo!!O Fil é ÚNICO,percebi isso logo que o conheci,um homem realmente talentoso,generoso,engraçado,carinhoso,etc...etc...um homem digno de infinitas homenagens!!!Muitos beijos para os gêmeos!!!