quinta-feira, 26 de junho de 2008

A viDa É uMa rOda GigANte

Esse texto foi escrito pela irmã da Caroll Llerena, a Mônica, e define muitas coisas e dúvidas que são comuns a todos, independente de sexo, raça, e religião. Leia e reflita, a vale a pena.

"O medo do desconhecido é um argumento “coringa”, nas sessões de terapia. Ele parece caber como uma luva, para qualquer situação onde dizemos que queremos mudar mas não saímos do lugar.
O medo do desconhecido é a desculpa que contamos pra nós mesmos quando estamos paralisados.
Confesso que desconfio desse argumento. Acreditar que algo me impede de ir a diante pelo simples fato de não saber o que irei encontrar, me soa frágil, até absurdo!
Me convencer de que não avanço se não tenho um script do que irá acontecer, ou que só estarei disposta a mudar se tiver certeza que irá funcionar, me soa covarde, débil até. Eu não gosto de me sentir assim. Me dá uma sensação horrível de ver a vida passar, como se eu fosse uma mera espectadora.
A vida não oferece cheque em branco, e muito menos um teste drive. Pra mim é basicamente: Tentativa e erro. Como diz minha irmã Carol, a vida é uma roda gigante, nunca sabemos onde ela vai parar e quem vai entrar ou sair do nosso vagão. Sábias palavras!
Pra mim, medo do desconhecido é um disfarce tosco para definir o pânico que sentimos por coisas bem conhecidas. Coisas como a morte, fracasso e a solidão. Ficamos paralisados com a possibilidade de encontrá-las ali na frente. Fugimos disso como diabo da cruz! Em alguns momentos, me vejo vivendo como se a vida fosse para sempre, como se as pessoas não envelhecessem , como se tudo estivesse sob controle, como se o tempo não passasse. Então posso adiar aquele sonho, aquela viagem, aquele projeto. Vou empurrando com a barriga. Um dia eu faço...
Viver a vida sabendo que ela passa e que eu não tenho tempo a perder, faz com que eu assuma um compromisso maior com a minha felicidade. Já! Não amanhã ou mês que vem.
Ter medo do desconhecido é como andar no escuro. Sentir que não estou no controle. Mas fala sério, o que eu penso que controlo? Meu corpo? Minha vida? Meu emprego?

Ok. Como controlar um corpo que insiste em envelhecer? Não vale falar em botox, nem em plástica, isso não é controle, é reparação! E a vida? Como controlar o rumo dos acontecimentos! O máximo de controle que eu tenho é em cima daquilo que escolho para mim. É uma arte, essa de fazer escolhas! Escolhas bacanas exigem muito auto-conhecimento se não, você acaba escolhendo o que os outros querem para você, o quê resulta numa verdadeira roubada!
Acabo de me dar conta que talvez seja muito mais prazeroso curtir a roda gigante girando, do que gastar uma mega energia tentando achar que sou eu que a controla. A vida realmente pode ser um parque de diversões. Só depende do ponto de vista!"

2 comentários:

Carolina disse...

Meu Deussss...vou ficar muito metida,virei personagem no BLOG da minha irmã e,agora pela segunda vez meu nome aparece no seu BLOG, vou começar a cobrar direitos autorais héin...até parece...é um enorme prazer fazer parte de estórias tão incríveis!!Bom demais saber que de alguma forma A Roda Gigante uniu duas pessoas tão importantes na minha vida,a Mônica que usou a idéia da Roda Gigante e da conversa que tive com ela no MSN para desenvolver esse texto maravilhoso e, você que é a "grande culpada", uma das criadoras desse lindo projeto.Incrível!!!!Estamos todas na mesma Roda!!!Love!Muitos beijos!!!!!

Monica Guinle disse...

Julia, super obrigado. Muito bacana ver meu texto aqui no seu blog. Quero mais é promover essa troca. Tô doida pra ver essa peça estreiar! Sucesso. bjs Monica