segunda-feira, 8 de novembro de 2010

INTERCONTINENTAL



"A burguesia foi invadida, ameaçada,
Assustada
Pelas ratazanas da favela.
Traficantes possantes armados, irados
Usurpando o protegido hotel
Dos burgueses,
Fugindo das leis corruptas
Sustentadas pelo capital,
Igualando-se no igual, maior até,
Por terror mostrado de poder,
Fazer como quiser, ser mais
Em horror da imposta verdade;
Paralela guerra
Nos comandos criados vermelhos
Pelos antigos artigos, atos militares
Por época de chumbo
E que hoje,
Os novos comprados eleitos governos, de joelhos,
Rezas, acordos, guerras, extermínio,
Piora
Com a miséria, desgraçada declarada diferença;
Fome, fobia, prostituição, tráfico,
Vapor, avião, endolador, boqueteira,
Favelada criada
Maravilhosa, na cidade brasileira.

A burguesia foi invadida, ameaçada,
Assustada
Pelas ratazanas da favela
Armada, parda, mostrada na cara; cara a cara,
Granada, traçante, rasante, perdida,
Flagrante que não vale nada
O jornal, demagógico falso dito
Feito
Em milionária propaganda demais, a eles, donos senhores do esquema.
Não!
Quanto mais matam, mais vêm;
Quanto mais enganosos paternalizam, mais querem.
É a sarna oposta da ruína do sistema.
O câncer, póstumo verme próximo;
Medo, ostra, nojo, férvido inferno.
O desperdício viu a fome;
O nada tem com o tudo quer, consegue, oprime, consome.
Quanto vale sua vida,
Burguesia invadida?"


Luiz Carlos Barros Caldas

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